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Hoje vamos falar do macro e dessa segunda feira que já começou pegando fogo com todos os olhos para os EUA e o Presidente Biden.
Na última noite – isso mesmo, ontem, dia 28 – o presidente dos Estados Unidos Joe Biden conseguiu o tão esperado acordo para expansão do teto da dívida norte-americana.
A economia americana está respirando por aparelhos? O que vai acontecer? Vamos falar um pouco sobre isso.
🤔 Entendendo como funciona a dívida
A dívida de um país é a soma do dinheiro que o governo deve a credores, tanto internos quanto externos – resumindo, essa dívida é geralmente o resultado de o governo gastar mais do que arrecada.
Para cobrir esse déficit, os governos emitem títulos de dívida que os investidores compram, efetivamente emprestando dinheiro ao governo com a promessa de receber seu dinheiro de volta com juros.
Explicação breve e rápida
- O Tesouro dos EUA emite títulos públicos para financiar suas atividades e captar recursos com investidores.
- Estes títulos são, essencialmente, um empréstimo que o governo faz junto aos investidores, que são pagos com juros.
- Ao mesmo tempo, o Banco Central dos EUA estabelece as políticas monetárias, determinando a taxa de juros básica e a velocidade da emissão de dinheiro novo.
A gestão da dívida americana é um processo complexo que envolve o Tesouro dos EUA, o Banco Central e os investidores que compram títulos do tesouro americano.

Hoje, a dívida americana ultrapassa a marca dos 31 trilhões de dólares.
O tamanho colossal da dívida é o resultado de décadas de déficits no orçamento. Só em 2022, o governo americano arrecadou 5 trilhões de dólares em impostos, mas gastou 6,5 trilhões de dólares.
Essa diferença de um trilhão de dólares está sendo acumulada ao longo dos anos, e é uma das razões pelas quais o teto da dívida teve que ser elevado.
💡 Confiança é a última que morre…
Essa dívida é sustentada porque os EUA são vistos como uma economia estável e possuem a moeda que é considerada reserva de valor global.
Portanto, os investidores têm confiança em emprestar dinheiro para o governo dos EUA comprando títulos do Tesouro.
No entanto, se essa confiança for quebrada, a crise poderia ser crítica para os EUA e poderia ter um efeito cascata em todo o mundo, já que o dólar é usado globalmente.
Recentemente, o secretário do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmou que o Tesouro poderia ficar sem dinheiro até o início de junho, a menos que o teto da dívida fosse elevado.
⚠️ Fofoca do fim de semana
Na calada da noite do fim de semana, o presidente dos EUA, Joe Biden, e os republicanos chegaram a um acordo para aumentar o teto da dívida do país, evitando assim um default catastrófico – empurrando com a barriga o problema.
Os pontos-chave do acordo incluem:
- Eliminação do Teto da Dívida: O projeto propõe a eliminação do teto da dívida de 31,4 trilhões de dólares por dois anos, o que significa que Biden não precisará negociá-lo novamente antes das eleições presidenciais de 2024.
- Restrições aos gastos Federais: O acordo impõe restrições limitadas aos gastos federais, agradando alguns republicanos, mas não oferece os grandes cortes buscados pelos conservadores.
- Gastos: O acordo mantém os gastos não militares praticamente estáveis para o ano fiscal de 2024 a partir deste ano, e limita o aumento em 1% para 2025.
- Redução do Ente Fiscal: O acordo também reduz os recursos destinados à ampliação do Serviço de Impostos Internos (IRS).
- Dinheiro não gasto devido à Covid: O acordo recuperaria alguns recursos que o Congresso destinou para a pandemia, mas que não foram usados.
- Exigências de Trabalho: O acordo estabelece exigências de trabalho para as pessoas que recebem auxílio alimentar federal ou benefícios familiares.
👀 O que acontece se os EUA não pagarem a dívida?
Se os EUA não pagarem sua dívida, o país entraria em default, o que significa que não conseguiria cumprir suas obrigações financeiras.
Isso teria várias consequências graves como:
- Crise de Confiança: O default abalaria a confiança dos investidores na capacidade dos EUA de pagar suas dívidas, o que poderia levar a uma venda massiva de títulos do Tesouro dos EUA.
- Aumento das Taxas de Juros: Se os investidores começarem a ver os títulos do Tesouro dos EUA como um investimento mais arriscado, eles exigirão taxas de juros mais altas para compensar esse risco. Isso tornaria o empréstimo mais caro para o governo dos EUA, aumentando ainda mais a dívida.
- Impacto Econômico Global: Dado o papel central dos EUA na economia global, um default poderia desencadear uma crise financeira global. Os mercados de ações ao redor do mundo provavelmente cairiam, e outras nações poderiam entrar em recessão.
- Corte nos Gastos Públicos: Se os EUA entrassem em default, o governo teria que cortar gastos em algum lugar. Isso poderia significar cortes em serviços públicos, aposentadorias, assistência médica e outros programas governamentais.
👀 Ficando de olho
A situação da dívida dos EUA e a resposta do governo a ela terão um impacto significativo nos mercados nos próximos meses.
Se o acordo para elevar o teto da dívida for aprovado e implementado sem problemas, é provável que os mercados respondam positivamente.
No entanto, se houver atrasos ou problemas na implementação do acordo, isso poderia causar incerteza e volatilidade nos mercados.
O mercado de criptomoedas, especificamente o Bitcoin, que subiu 5% durante o fim de semana, parece estar reagindo de maneira positiva à situação do teto da dívida dos EUA .

Na minha visão é que o Bitcoin está sendo visto como um refúgio seguro em meio à incerteza do teto da dívida dos EUA.
Por isso é muito importante ficar de olho com que vai acontecer nos próximos dias.
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Até a próxima edição!