Autoridades chinesas suspenderam aviões, trens e o transporte de duas cidades que são o epicentro de um novo vírus mortal, chamado de 2019-nCoV, coronavírus.
Segundo a BBC, o vírus já matou 17 pessoas e até o momento contaminou 570, com casos no Japão, Tailândia e nos Estados Unidos. Com a taxa de mortalidade de 3%, o vírus preocupa as autoridades chinesas.
As cidades de Wuhan e Huanggan tiveram suas linhas de transporte completamente cortadas e estão em semi-quarentena.
Relatos de correspondentes da BBC China mostram a situação da cidade de Wuhan com mais de 11 milhões de pessoas:
“Lá fora, mal consigo ver alguém nas ruas. Foi-nos dito para evitar reuniões.”
China tenta esconder crise
Apesar de veículos chineses como Global Times e CCTV dizerem que a situação está controlada, alguns especialistas apontam que a situação pode ser pior que a apresentada pelos órgãos oficiais.
Conforme dados do Imperial College London (ICL), há uma estimativa que mais de 1723 casos tenham ocorrido somente em Wuhan.
Enquanto isso, as redes sociais na China estão sendo censuradas. Dados do “Twitter chinês” Weibo mostram que há casos de morte não computados nas estatísticas.
Contudo, os oficiais chineses estão tentando censurar esses casos. Os cidadãos, muitas vezes, nem sequer recebem o teste que serviria para identificar os casos.

Em outra conversa, que foi retirada do ar em poucas horas, é afirmado que parte do “staff” médico foi contaminado e que 4 pessoas morreram.

Claro, esses são apenas rumores nas redes sociais. Entretanto, a realidade é que não sabemos se os dados das autoridades chinesas são confiáveis.
A situação pode piorar e muito
Se a situação está complicada agora, imaginemos quando a maior migração do planeta acontecer daqui a menos de 3 dias?
Pois é, em 3 dias acontece o ano novo chinês, o que gera mais de 3 bilhões de viagens em poucos dias, sendo considerada a maior migração humana do planeta.
E as autoridades chinesas já confirmaram a possibilidade de transmissão via contato humano.
Impacto no mercado?
Apesar da preocupação inicial, o mercado não vê mais o vírus como uma grande ameaça desde que o governo chinês anunciou medidas de contenção.
“Os mercados financeiros não parecem mais estar vendo o coronavírus na China com tanta preocupação … As autoridades chinesas anunciaram hoje medidas que visam impedir a propagação do vírus. Aparentemente, isso tranquilizou os mercados ”, disse Daniel Briesemann, analista do Commerzbank, em nota.