Para quem não está familiarizado com o mercado de criptomoedas, a Coinbase é a maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos. Seus números são assombrosos, principalmente quando vemos que ela existe há 5 anos.
A companhia que iniciou suas operações em 2012, conta hoje com um número de investidores maior do que as maiores corretoras e fundos de investimentos norte-americanos. Hoje a corretora conta com uma base de 20 milhões de clientes.
Agora ela abriu as portas para os investidores fazerem as compras. Segundo o portal Recode, a empresa trabalha com um valuation de 8 bilhões de dólares e vem desde o começo do ano conversando com fundos para receber esse aporte.
Quem fará o aporte?
O fundo interessado é o Tiger Global , uma empresa de investimentos de Nova York que tem a tradição de abocanhar grandes companhia em seus estágios iniciais, como Spotify, Ola e a recente startup de cannabis Green Bits (não confunda com a carteira de bitcoin).
Segundo o gestor de fundos da Fortress e bilionário Michael Novogratz, a Coinbase é: “O garoto propaganda das criptomoedas valendo 8 bilhões – essa é uma companhia real, e a Tiger Global não é uma pequeno investidor. Eles são caras inteligentes e experientes” disse Novogratz para a conferência The Economist’s Finance Disrupted em Manhattan nesta terça.
A declaração de Novogratz e o possível aporte desse grande fundo mostram a força do mercado de criptomoedas, não é apenas uma bolha.
No ano passado a empresa foi avaliada em U$$1.5 bilhão, isso logo antes do aumento de interesse em criptomoedas do final de 2017. De lá para cá a Coinbase vem diversificando seu portfólio de atuação no mundo das criptomoedas, criando mesa de operações, custódia, índice para grandes investidores e até mesmo adquirindo outras empresas do ramo como a Earn.com.
Todos os serviços implementados, aumento de receitas e aquisição de empresas do ramo foram fatores fundamentais para aumentar o valuation para 8 bilhões de dólares, se tornando uma das mais valiosas startups do Valle do Silício.
Mesmo com o preço do bitcoin em baixa e os volumes negociados em queda constante, a corretora norte-americana anunciou em maio que aumento seu staff em 150%, melhorou o atendimento e inclusive lançou uma nova versão de sua carteria, a antiga Toshi.
Apesar de não liberar os dados, a Coinbase afirma que está dando lucro.
Próximos passos – IPO ou ICO?
Depois dessa segunda rodada de investimentos é provável que a empresa se volte para uma capitação via IPO, se tornando a primeira empresa do cenário de criptomoedas norte-americano a abrir capital.
Há sempre a possibilidade da criação de um ICO, para isso a empresa teria que pedir permissão para a SEC. Pelo que podemos analisar, é mais provável que a Coinbase tome um caminho mais tradicional.
Uma outra alternativa seria um lançamento em conjunto de ambas as modalidades de captação, o que poderia ser uma boa tática para atacar exchanges que utilizam tokens para desconto (como a Binance).
Apesar dos grandes valores envolvidos, a Coinbase está longe de ser a maior empresa do universo cripto. A Bitmain foi avaliada em aproximadamente 18 bilhões de dólares e pretende lançar um IPO até o metade de 2019.
https://cointimes.com.br/maior-que-facebook-conheca-o-ipo-da-empresa-com-1-milhao-de-bitcoins/
O mercado de criptomoedas está se consolidando, os próximos “googles/amazons” estão surgindo. Quem você acha que será o próximo gigante das “criptofinanças”?
Fonte da imagem de capa com os fundadores da Coinbase: http://www.wired.com