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ABCripto apresenta índice e Certificação de Profissional de Bitcoin

ABCripto lança Índice do Bitcoin (XBT/BRL) e Certificação

A ABCripto, em evento realizado na FGV-SP, apresentou duas novidades importantes para a profissionalização do mercado de criptomoedas brasileiro. Uma delas foi o índice do preço de Bitcoin no Brasil, que é calculado através da média ponderada considerando o preço e volume das exchanges. Isso foi feito para que não ocorram distorções no preço, de forma que as exchanges com maiores volumes tenham um peso maior na definição de preço.

O índice terá abertura as 00h00 e seu fechamento será feito 23h59. Exchanges que não participam do ABCripto também serão incluídas no índice desde que tenham volume relevante para compor o índice.

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Apresentação do índice de Bitcoin XBT:BRL

Outra entrega importante foi a Certificação Profissional de Bitcoin, concebida com o objetivo de trazer maior profissionalismo ao mercado, estabelecendo o mínimo que todo profissional deve saber sobre Bitcoin. Questionado com a preocupação de criar uma reserva de mercado nivelando por baixo, um dos organizadores da certificação disse que “A certificação contará com diferentes níveis que podem ser exigidos por empresas”.

O evento nomeado de “Bitcoin 10 anos: passado ou futuro” reuniu em um painel nomes relevantes no mercado de criptomoedas como: João Canhada (Foxbit), Luiz Calado (Mercado Bitcoin), Safiri Félix, Fernando Ulrich (XDEX) e Felipe Sant’ana (Paratii).

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Composição do Painel do Evento.

O painel abordou os mais variados assuntos, que vão de Criptos, ICO até o modelo de Governança do Decred. A platéia participou ativamente do painel com questionamentos pertinentes e extremamente necessários para um debate construtivo dentro do setor de criptomoedas.

Uma das grandes preocupações entre os participantes do evento foi a relação entre Bancos e Exchanges, que ainda é bastante precarizada no Brasil, com fechamento unilaterais de contas. Um tema que levantou bastante debate foi a Receita Federal solicitando histórico de operações de clientes de exchanges.

Entretanto, foi destacada a boa vontade dos órgãos regulatórios como a CVM em entender melhor a tecnologia e buscar diálogo com as empresas do setores. Uma das iniciativas da ABCripto é obter um melhor diálogo com órgãos reguladores de modo a buscar um desenvolvimento mais saudável do setor.

João Canhada

João Canhada, CEO da Foxbit, destacou que o Bitcoin ainda não é fácil para a maioria da população. Ainda em sua fala, disse que a tecnologia se desenvolveu mas ainda não é utilizável por usuários comuns. Canhada também afirmou que a empresa que conseguir tornar o Bitcoin mais fácil de ser utilizado, se tornaria unicórnio – valeria 1 bilhão – no primeiro dia de operação.

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“Bitcoin não vai dar certo enquanto for simples para a maior parte da população”. João Canhada

O CEO da Foxbit afirmou que o mercado de criptomoedas mudou drasticamente nos últimos dois anos, passando por uma grande profissionalização, o que acabou sendo um consenso entre os participantes do painel.

Safiri

Saffiri chamou atenção para o fato de o mercado estar no mesmo patamar de preços do último ano. Além disso, afirmou que existia um descolamento entre o preço e as funções reais das criptomoedas. Safiri também reconheceu que, olhando agora, de fato os movimentos de preço do ano passado foram uma bolha.

Entretanto, ele destacou que, diferente do crash das outras bolhas, o mercado ainda continua se desenvolvendo a passadas largas, provando a robustez do Bitcoin, o que é um motivo para ficar otimista no longo prazo. Contudo, Safiri destacou que o curto prazo é desafiador e que ainda faltam casos de uso relevantes para as criptomoedas.

Felipe Sant’Ana

O criador do Paratii, que seria um YouTube peer-to-peer, disse que Vitalik Buterin, criador do Ethereum, seguiu a tendência da tecnologia do mundo em caminho à descentralização. Quando questionado sobre o sentido e a continuidade dos ICOs, afirmou que vão haver sim outros períodos de evidência do revolucionário método de crowdfunding.

No entanto, ele crê que haverá uma mudança no modelo de projetos. Se no ano passado muitos tokens inúteis arrecadaram alguns milhões de dólares, cada vez menos essa será a tendência. Os investidores já estão se tornando mais seletivos em relação aos projetos que pretendem investir. Ainda em sua fala, questionou que nem sempre utilizar Blockchain para descentralizar é o mais adequado, que existem diferentes casos a serem analisados.

Gabriel Rhama

A discussão do evento naturalmente encaminhou sobre os novos métodos de consenso que a criptografia poderia proporcionar ao mundo. O CEO da Profitfy, Gabriel Rhama, mencionou a DECRED (DCR) como um modelo de governança a ser seguido e analisado. A Decred, segundo Rhama, resolve o problema da governança unindo duas formas de consenso distintas no mercado de criptomoedas: o PoS e o PoW.

Além disso, destacou que a Decred permite, através da Politeia, que qualquer pessoa na comunidade apresente uma proposta formal para a evolução da plataforma Decred. Esta proposta tem a sua data marcada (time-stamped), uma versão e é armazenada permanentemente em um repositório fora da blockchain para promover a transparência e eliminar a possibilidade de censura.

Fernando Ulrich

Fernando Ulrich, como maximalista de Bitcoin, i.e, que acredita a criação de Satoshi como moeda predominante, afirmou que os conceitos de consenso da Decred são um pouco desnecessários e podem ser confusos. Ele destacou que o Bitcoin funciona justamente por ser uma completa anarquia baseada a prova de criptografia.

Quando questionado sobre o aumento do Custo Marginal para gerar mais uma unidade de descentralização na rede, o que poderia levar a uma centralização de mineradores na rede do Blockchain, Ulrich afirmou que os custos tendem a ser mitigados futuramente com o desenvolvimento de novos chips e fontes de energias mais baratas. O economista da XP Investimentos também lembrou que os mineradores estão longe de controlar o consenso da rede, bastando lembrar os acontecimentos do Segwit2X no ano passado.

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