A balança de ativos do Banco Central Europeu (BCE) não para de crescer e ela já atingiu seu recorde com incríveis €6,3 trilhões, que equivale a 50% do PIB da Zona do Euro.
Mais de 2 trilhões de euros foram adicionados na balança de ativos do BCE apenas em 2020, o número triplicou desde 2014. Como podemos ver na tabela abaixo, a maior parte dos ativos está relacionada ao governo, entretanto, há também fundos e uma grande quantidade de “ativos restantes”:
Japonização da economia
O BCE segue o caminho do Banco Central do Japão (BCJ) que tem mais do que 120% do PIB na sua balança de ativos.
A “japonização” não para por aí, a Zona do Euro também tem crescido sua relação PIB/Dívida Pública para níveis históricos e já atingiu 86,1% do produto interno bruto da região.
Apesar da grande impressão de dinheiro e endividamento descontrolado, o PIB caiu 3,6% no primeiro trimestre e estima-se uma queda de 13% no segundo. No longo prazo, as políticas do ECB parecem que não surtiram efeito e o crescimento real da região foi no mínimo medíocre nos últimos anos:
Em conjunto com o aumento dos gastos governamentais os tributos também estão subindo:
“Os impostos e as contribuições sociais efetivas obrigatórias nos 28 Estados-Membros da União Europeia (UE-28) representaram 39% (1) do Produto Interno Bruto (PIB). Em comparação com outras economias avançadas, o nível tributário na UE é alto: cerca de 11,9 pontos percentuais (pp) do PIB acima do nível dos Estados Unidos e quase 8,5 pp acima do registrado pelo Japão (dados de 2016).”, afirma relatório de 2019 da Comissão Europeia sobre tendências de tributação.
A tendência, segundo pesquisa realizada pela Bloomberg, é que os estímulos parem apenas em 2021 e que os bancos ganhem mais €240 milhões.