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Banco Central publica documento sobre o meio ambiente e inovações financeiras

Em 16 de dezembro, o Banco Central (BC) publicou um documento intitulado “Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas” e, logo abaixo estão os disponíveis os principais destaques selecionados pelo Greentimes.

PIX

O pix é um meio de pagamento criado pelo BC em novembro de 2020, cujo objetivo era garantir uma maior inclusão financeira, democratizar o acesso a meios de pagamentos digitais, alavancar a competitividade, baixar os custos e incentivar a eletronização no varejo.

Para o consumidor, a grande vantagem são as movimentações instantâneas que podem ser feitas em qualquer horário, 7 dias por semana. Os principais usuários são os jovens de baixa renda, e cerca de 75% da população com mais de 14 anos já tiveram algum contato com o pix, seja enviando ou recebendo valores, até setembro de 2022.

Já no que se refere ao ambiente corporativo, aproximadamente 11 milhões já fizeram pelo menos uma transação nesse mesmo período, demonstrando que 76% de empresas já têm algum relacionamento com o sistema financeiro nacional. O varejo e o comércio eletrônico são os principais usuários desse sistema.

Fonte: Banco Central

Real digital

O real digital vem sendo objeto de estudo do BC, que inclusive acabou criando um fórum para manter o debate a respeito dessa pauta. Até o momento, já se avançou do ponto de vista prático com:

  • Publicação das diretrizes da moeda digital que inclui contratos inteligentes, possibilidade de realizar operações offline, promoção da inclusão financeira e finanças sustentáveis’;
  • Divulgação do tema junto a sociedade com abertura de um canal de diálogo sobre prováveis aplicações.

Segundo o BC, caso seja implementado o atual modelo do real digital, isso vai permitir que o BC “acompanhe o dinamismo da evolução tecnológica da economia brasileira, promova a eficiência do sistema de pagamentos de varejo, contribua para o surgimento de novos modelos de negócio e de outras inovações baseadas em avanços tecnológicos recentes e favoreça a integração do Brasil aos cenários econômicos regional e global por meio do aumento da eficiência nas transações transfronteiriças”.

Riscos estratégicos

O BC, como esperado, faz a sua gestão de riscos justamente para mensurar a incerteza que eventos externos/internos têm sobre a estratégia traçada para a instituição. Ademais,  também se observam os impactos, magnitude e a probabilidade de sua ocorrência.

Isso posto, dentre os muitos riscos identificados, chama a atenção a possibilidade de aumento da inflação por questões ambientais e os impactos da alteração climática no setor agrícola, por exemplo.

Aumento da inflação por questões ambientais

O aumento da inflação, segundo o BC, pode sofrer influência de questões ambientais no que diz respeito aos efeitos de eventos climáticos extremos/crônicos associados a mudanças climáticas, e a pressão por uma economia de baixo carbono. De maneira concreta, isso pode ser visto através do reflexo que a falta de chuva teve sobre os preços dos alimentos em 2021.

Impactos da alteração climática no setor agrícola

As alterações climáticas podem mexer com o setor agrícola e atingir a economia de forma geral. Um exemplo disso foi a revisão de projeção do PIB para 2022, onde o crescimento da agropecuária caiu de 5% para 2% em virtude da falta de chuva no sul no centro-sul do país (PR, SC, RS e sul do MS), atingindo em cheio a soja e o milho.

Fonte: Banco Central

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