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Banklike: Aplicativo brasileiro conhecido como “Uber do dinheiro” faz um ano com faturamento milionário

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BankLike conecta investidores a quem precisa de ajuda a juros baixos

Aplicativo de economia colaborativa, o Banklike foi criado por brasileiros para promover o encontro entre investidores e aqueles que precisam de meios para quitar dívidas com juros altos, abrir um pequeno negócio, fazer uma viagem ou, simplesmente, pagar as contas.

Uma espécie de “Uber do dinheiro”, a plataforma promove intermediação rápida e sem burocracia.

Em seu primeiro ano de atuação no Brasil, o negócio já atraiu usuários de mais de 300 municípios, e a movimentação financeira superou a casa dos milhões de reais.

O processo simples e a segurança para ambos os lados são os maiores atrativos dessa iniciativa. Para utilizar, basta baixar o aplicativo no smartphone para iOS ou Android, preencher o cadastro e definir se quer ajudar como investidor ou se precisa de ajuda, como tomador de empréstimo

A compra das moedas, batizadas de Likes, é feita via boleto para quem quer investir, e via cartão de crédito para quem precisa de ajuda.

Os Likes são convertidos em Reais e creditados na conta corrente do beneficiado em até cinco dias úteis. Quem utilizou a ajuda poderá pagar as moedas ao investidor em até 12 parcelas no cartão de crédito.

O mesmo cadastro utilizado para requerer ajuda financeira é o utilizado por quem quer ajudar e investir.

Com sua moeda simples, o Banklike é rápido e tem valores extremamente competitivos. Os custos correspondem a cerca de um terço das taxas do cheque especial e daquelas cobradas pelo cartão de crédito. Já o investidor, chamado de “anjo”, recebe rendimentos garantidos e bem maiores que as médias do mercado.

O limite que o requisitante tem disponível em seu cartão de crédito estabelece o seu teto de compras no Banklike, o que permite que negativados também possam obter ajuda.

O aplicativo não cobra qualquer valor extra, apenas um percentual que corresponde aos custos operacionais e administração do serviço, e que já está embutido em cada operação de compra e venda da moeda.

Foi em busca de facilidade que o Banklike foi criado. Charles Marques, idealizador do negócio, precisou de dinheiro para viabilizar um contrato da sua outra empresa. As fontes tradicionais de crédito que dispunha, no entanto, demandavam um processo demorado ecobravam altas taxas de juros. A saída?

“Busquei alguns amigos e ofereci uma remuneração bem acima do que receberiam em suas aplicações. Mesmo com esta vantagem oferecida, as taxas pagas por mim seriam mais baixas do que as que eu pagaria no mercado”, conta Charles.

Sem a burocracia dos processos usuais, o dinheiro ficou rapidamente disponível.

“Tudo correu bem e eu pensei: ‘Se eu pudesse ampliar esta fórmula com segurança, ajudaria outras pessoas’. Minha ideia sempre foi ter pessoas ajudando pessoas”, afirma o empresário.

Ainda uma novidade no Brasil, essa modalidade de ajuda coletiva é mais comum na Europa e EUA, onde já funciona há alguns anos, conhecida como “peer-to-peer Lending”, ou “P2P”.

O Banklike segue a mesma linha de serviços como Uber, Doghero, Airbnb e Dinner: conecta diretamente oferta e demanda, dispensando a necessidade de instituições intermediárias. Nesse encontro tecnológico, os dois lados são beneficiados.

Em abril de 2018, o Conselho Monetário Nacional aprovou resoluções que permitem a atuação de empresas de tecnologia do setor financeiro (fintechs) a concederem crédito sem a necessidade da intermediação de um banco.

As Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEPs) são instituições financeiras que têm o objetivo de realizar operações de empréstimo e de financiamento entre os interessados exclusivamente por meio de plataforma eletrônica.


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