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Birdbox e o fanatismo político

Birdbox e o fanatismo político


Birdbox é um filme lançado pela Netflix e inspirado no romance de Josh Malerman, livro publicado pela primeira vez no Reino Unido em 2014.

Atenção: contém spoilers

Birdbox, o filme

Em um cenário pós-apocalíptico, Malorie (Sandra Bulock) está em uma  jornada para chegar a um abrigo onde ela e seus filhos – garoto e garota – estariam seguros do “Problema”, que são criaturas sombrias – sombras mesmo.

Todo aquele que vê essas criaturas comete suicídio, o que torna o mundo um verdadeiro caos. Imagine o efeito cascata de um piloto em pleno vôo, um cirurgião ou um motorista. Ninguém está imune!

A única forma de “escapar” é não vê-las. Daí um cenário onde pessoas se escondem em casas, no escuro, e vendam seus olhos sempre que saem para a rua.

Muitas teorias e análises foram traçadas sobre o filme, e não deixaria eu de trazer aqui a minha. Claro, com apelo político!

Ao meu ver, o filme trata de expor o fanatismo político que quebra todas as barreiras do  bom senso causando males inimagináveis. Mortes, destruição de patrimônio público, atrocidades como estupros, antissemitismo, migração forçada etc.

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Cena do filme Birdbox

No cenário é possível identificar três tipos de pessoas/comportamentos. São eles: os fanáticos, os evangelistas e os refugiados.

Fanáticos

via GIPHY

Em Birdbox, encontramos o primeiro grupo representa todo aquele que comete suicídio ao ver as terríveis criaturas. Não importa o quanto pessoas próximas alertem, gritem ou tentem impedir o ato, elas ficam irredutivelmente “cegas” ao ponto de só enxergarem o objetivo de se matarem.

Como um cavalo que usa um cabresto para não se desviar do caminho, frustrando qualquer tentativa de mudança de curso.

No contexto atual, representam todo aquele que cresce com uma “verdade absoluta” e que beira o ativismo extremo. São pessoas que não aceitam argumentos contrários, reafirmam suas ideias sempre com a mesma patota e nem se quer consideram a possibilidade de outras realidades que não as suas.

Como por exemplo aquela galera de argumentos rasos que, se pressionadas, apelam para o Argumentum Ad Hominem, ou seja, tentam desmoralizar o adversário ao invés de atacar suas idéias.

Lembre-se disso sempre que ver em um debate alguém xingar o adversário de fascista ou de esquerdopata. Ou quando se deparar com as hashtags #LulaInocente e #BolsonaroSolução.

Evangelistas

Tudo o que o primeiro grupo é, mas somada à constante, irritante e invasiva evangelização e doutrinação.

via GIPHY

No filme, são pessoas que viram as criaturas mas não cometeram suicídio (ainda). Isso não as inibe do fanatismo, muito pelo contrário. Elas se infiltram nos grupos de refugiados e buscam oportunidades de força-las a abrirem os olhos e verem as sombras.

Há um momento em que um homem aproveita a fragilidade de uma gestante em trabalho de parto para abri todas as janelas da casa e torná-la refém das criaturas.

Não é mera coincidência comparar com aquele tio sindicalista que só aparece no natal fazendo a piada do “pavê ô pacumê” e dizendo que você precisa passar em um concurso público porque o estado te ama.

Refugiados

Síria, Colômbia, Venezuela, Afeganistão, Iraque, Sudão, Cuba. O que todos estes países têm em comum? Todos sofrem algum tipo de ditadura!

Os constantes conflitos político-ideológicos literalmente forçam a população a fugir de seus países, se arriscando em pequenos botes improvisados, enfrentando fronteiras fortemente armadas ou desertos. Tudo por conta de uma guerra, uma disputa que não é deles.

No filme, é evidente que há grupos de pessoas amedrontadas unindo forças para de alguma forma sobreviver em meio ao caos instaurado.

Conclusão

Já há uma forte imigração de países africanos e oriente médio para a Europa, a ONU já prevê para 2019 mais de 2 milhões de Venezuelanos tentando entrar no Brasil e nações inteiras já sofrem com os abusos do fanatismo político-religioso.

No filme Birdbox, as aves eram os únicos seres que conseguiam perceber a presença do perigo, então a protagonista levava consigo um pássaro preso em uma gaiola para, pela sua agitação, saber que as criaturas se aproximavam. Propositalmente os seres “mais livres” eram justamente os que alertavam sobre a iminente prisão mental. Pela ótica deste texto, caminhar em direção à liberdade (financeira, religiosa, ideológica, expressão etc) é a melhor forma de evitar o “suicídio”.

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