A crise do coronavírus está servindo como um grande teste para o mercado de criptomoedas, que surgindo em 2009, nunca tinha visto uma crise como essa antes.
Anteriormente, alguns entusiastas de Bitcoin acreditavam que, em uma crise, o ativo continuaria com baixa correlação ao mercado de ações, e se movimentaria como o ouro fez em crises passadas.
No entanto, apesar das características de reserva de valor que o Bitcoin possui (oferta limitada, liquidez, indestrutibilidade e utilidade para outros fins), a criptomoeda praticamente andou junto ao Ibovespa durante a queda.

Basicamente, o que aconteceu foi que, em busca de liquidez, tudo que poderia ser vendido facilmente foi vendido, sejam ações americanas, brasileiras ou bitcoins.
Apesar disso, se formos analisar o desempenho do Bitcoin com o Ibovespa (principal índice das ações brasileiras), o criptoativo sofreu menos no geral. Toda a queda começou no Corona Day, em 26 de fevereiro; da abertura do mercado até a redação desta matéria, o BTC caiu 33%, enquanto o Ibov desabou 39%.


Por que o descolamento do Bitcoin agora?
Os dois investimentos tiveram um fundo em -41%, mas por que então o Bitcoin descolou dessa correlação, tendo uma considerável valorização de ontem para hoje?
Diversos motivos podem ter sido levados em consideração por grandes investidores que realmente mexem no mercado: um deles é a antecipação do halving, evento que diminui a oferta de novos bitcoins, previsto para 12 de maio.
Além disso, as medidas desesperadas do FED podem estar minando a confiança no dólar, que poderá acabar sofrendo uma grande inflação nos próximos anos.
Por fim, há a teoria da pura e simples manipulação de mercado, já que milhões de Tethers foram cunhados ontem, e o BTC “magicamente” valorizou hoje.