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Bitcoin dispara para R$165.000 na Argentina com criação de imposto

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Bitcoin está sendo negociado atualmente a cerca de 2,695 milhões de pesos argentinos (ARS) em exchanges argentinas. Isso significa que a criptomoeda está sendo negociada por cerca de R$ 165.300 nessas plataformas, muito acima da taxa atual da criptomoeda de R$ 91.000 nas bolsas brasileiras. Em dólar, a cotação do Bitcoin está em US$ 17.923 de acordo com dados do Coingolive.

O preço do BTC cresceu continuamente em relação ao peso argentino este ano, pois o país está lidando com uma taxa de inflação de 35% e as pessoas sofrem com a crise do COVID-19 e os controles de moeda.

Os dados da CryptoCompare mostram que, embora o preço do BTC tenha subido 145% em relação ao dólar americano até agora em 2020, ele subiu mais de 430% em relação à moeda argentina (ARS).

Valorização do Bitcoin em pesos argentinos. Fonte: CryptoCompare.
Valorização do Bitcoin em pesos argentinos. Fonte: CryptoCompare.

O preço, vale lembrar, é baseado no chamado dólar azul que circula na Argentina, e não nas demais cotações que se encontram no país. Diz-se que o dólar azul é governado apenas pela oferta e demanda do país.

O prêmio da criptomoeda contra o ARS é baseado na queda do valor da moeda fiduciária. As previsões dos especialistas em relação ao peso argentino são desanimadoras. Os relatórios sugerem, no entanto, que a diferença entre as taxas de câmbio do dólar oficial e de mercado no país diminuiu com a adoção pelo governo de “medidas mais ortodoxas para impulsionar as exportações”.

De acordo com a Bloomberg, o Senado da Argentina aprovou na sexta-feira uma proposta de imposto único sobre a riqueza com o objetivo de aumentar a receita do governo, visando milionários com ativos de mais de 200 milhões de pesos (R$ 12,2 milhões).

O imposto ficará entre 1% e 3% de sua riqueza e visa aumentar a receita depois que restrições rígidas impostas pelas autoridades para combater a pandemia de COVID-10 viram a receita do governo despencar. O senador Carlos Caserio, membro da comissão responsável pelo projeto de lei, foi citado como tendo dito:

“Esta é uma contribuição única e de uma vez só”, disse o senador Carlos Caserio, membro da comissão responsável pelo projeto, segundo nota divulgada no site do Senado. “Estamos saindo desta pandemia como países saem de guerras mundiais, com milhares de economias mortas e devastadas.”

O Diretor do Banco Central da Argentina (BCRA) em moeda fiduciária, Carlos Hourbeigt, teria pressionado pelo uso de uma rede nacional de pagamentos que substituiria o uso de ARS em dinheiro, chamada “Transferências 3.0”, e seria monitorada pelo banco central do país.

A mudança enfrentou uma reação de defensores da criptomoeda no país, que acreditam que os reguladores querem controlar ainda mais a população através do Transferências 3.0. Camilo Jorajuría, um consultor jurídico na Argentina, tuitou “apenas bitcoin corrige isso”.

Os meios de comunicação locais sobre criptomoedas questionam se a mudança é uma “guerra contra a privacidade”, já que as apresentações no Transferências 3.0 afirmam que “o inimigo comum é o dinheiro físico”.

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