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BitTorrent supera Netflix durante pandemia, como lucrar com os piratas?

Netflix superada por Bittorrent

Em muitas partes do mundo o protocolo BitTorrent superou o tráfego da Netflix, veja como lucrar com o mercado de torrent que abraçou as criptomoedas nos últimos anos.

Durante a pandemia do Covid em 2020 não apenas consumimos mais vídeos, mas também baixamos mais conteúdos por meio do protocolo BitTorrent, que até mesmo conta com um criptoativo. 

O Relatório dos Fenômenos Globais da Internet mostrou que entre 2019 e 2020 o consumo de vídeo streaming aumento 2,20% globalmente, sendo que 3,13% de todo o tráfego da internet veio do protocolo BitTorrent. 

Nas regiões da África, Oriente Médio e Europa, chamada de EMEA pelo relatório, o Bittorrent chega a ultrapassar o volume de tráfego da Netflix.  

“Muitos consumidores da EMEA pirateiam compulsoriamente  filmes, programas de TV e série inteiras por meio de clientes BitTorrent para contornar o pagamento de vários serviços de streaming (OTT). O uso cresceu como uma porcentagem geral, apesar da alta taxa de pirataria durante o último relatório que foi impulsionado pela última temporada de Game of Thrones.”

– afirma o relatório.

O relatório explica que há alguns motivos para o elevado número de consumidores de torrent, principalmente na Europa, o principal deles é a fragmentação dos serviços de streaming. Amazon Prime, Disney +, Sky, BBC iPlayer são alguns das diversas plataformas. Com tanta fragmentação fica difícil achar um conteúdo.

EMEA tráfego total Bittroent supera Netflix com alta de 3%

Um fenômeno parecido acontece na Ásia, onde o Bittorrent fica atrás da Netflix, mas é muito utilizado e está no top 7 em tráfego. 

“BitTorrent também está no Top 10 com 4,47% do total volume. Assim como na EMEA, é devido ao desejo de conteúdo que não é facilmente acessível na região, e consumidores recorrem à pirataria para assistir seus programas”

O Brasil, segundo dados da MUSO, é o 5° país com maior número de visitas a sites de pirataria do mundo (filmes, livros, TV e filmes) com 5,4 bilhões de visitas em 2020. A fragmentação dos serviços e encarecimento dos planos de streaming para a realidade brasileira parecem incentivar o consumo de conteúdo por torrent. 

Em pesquisa para a Broadband Genie no Reino Unido, 37% dos entrevistados afirmaram que iriam considerar acessar conteúdo ilegal via streaming ou sites de compartilhamento se o mercado continuar se fragmentando. 

Lucrando com o retorno dos torrents

Não é a toa que atualmente muitos criptoativos relacionados ao mercado de torrent têm visto ganhos excepcionais. O principal deles é o BitTorrent Token (BTT), com apreciação de 407% nos últimos 12 meses e valor de mercado de US$1,3 bilhão, ele superou o bitcoin (BTC) que cresceu “apenas” 225,59% no mesmo período.

Suportado pelo BitTorrent, o maior cliente de torrent do mundo,  o BTT cria um sistema de incentivos usando o blockchain para quem quer baixar um aquivo mais rápido e também para quem faz o streaming. 

Até o próprio criador do bitcoin reconheceu a importância e o potencial do protocolo Bittorrent:

Para que os tokens de proof of work  transferíveis tenham valor, eles devem ter valor monetário. Para ter valor monetário, eles devem ser transferidos dentro de uma rede muito grande – por exemplo, uma rede de negociação de arquivos semelhante ao bittorrent” – Satoshi Nakamoto.

Mas não é apenas o BTT que está de olho no mercado dos piratas, o The Pirate Bay lançou o TPB Token em maio e já conta com 506 holders. Os administradores do famoso site pirata querem dar vantagens futuras para quem tiver tpb como conteúdo exclusivo, transmissões via streaming e até um login baseado em endereços no blockchain da Binance Smart Chain. 

Outro criptoativo que aposta na temática pirata é a Pirate Chain (ARRR), o criptoativo criado a partir do blockchain da Komodo e com foco em privacidade ganhou muitos investidores, a página oficial dos desenvolvedores da ARRR já conta com 15 mil seguidores. 

Onde investir nas ‘criptomoedas’ dos piratas?

Os tokens TPB e ARRR não são facilmente encontrados na moeda brasileira em corretoras de criptoativos, apenas via negociação de pessoa para pessoa (P2P).

 O ARRR é negociado na bitcoin.com exchange nos pares BCH e BTC. Enquanto o TPB só pode ser adquirido na corretora descentralizada PancakeSwap. 

Já o token BTT está disponível para todos os piratas brasileiros na Novadax no par real (BRL). 

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