A Bity reuniu nesta sexta-feira (28) especialistas do setor financeiro e jurídico no evento Cripto Payments, em São Paulo, para discutir como stablecoins e a infraestrutura blockchain já transformam pagamentos internacionais, tesourarias corporativas e operações cross-border.
Oencontro contou com especialistas da Bity e dos escritórios Machado Meyer e Paiva Gomes advogados e debateu os impactos tecnológicos, regulatórios e geopolíticos da adoção crescente de ativos tokenizados.
Logo na abertura, o CFO da Bity, Ibiaçu Caetano, destacou que o objetivo do encontro era ensinar o mercado de câmbio a operar com stablecoins com segurança, clareza regulatória e controle de risco. “O câmbio com stablecoins já é realidade. Agora, o que o mercado precisa é aprender a operar dentro das regras, com compliance robusto e o conforto jurídico necessário”, afirmou Caetano.
O executivo explicou como a Bity se tornou uma das principais mesas de liquidez de ativos virtuais da América Latina e como essa infraestrutura agora está sendo aplicada para pagamentos internacionais. “Stablecoins permitem liquidação imediata, 24/7, com baixo custo e sem depender da articulação entre múltiplos sistemas bancários. É inevitável que o mercado de câmbio se adapte”, completou.
Stablecoins, liquidação 24/7 e segurança regulatória
Durante o evento, Caetano reforçou as vantagens operacionais que estão acelerando a adoção das stablecoins no comércio internacional: liquidação em segundos, funcionamento 24/7 e custos menores. Ele também comparou o momento atual ao impacto que o Pix causou nos bancos tradicionais.
“Assim como o Pix foi absorvido pelo sistema pois liquida na hora, mas o registro ocorre no dia útil. O câmbio via blockchain seguirá lógica parecida. Já existem colchões de liquidez preparados para finais de semana e feriados. O sistema financeiro sempre se adapta à eficiência”, explicou.
O CFO destacou ainda que a Bity realiza toda a consultoria de verificação da contraparte, garantindo que operações internacionais estejam dentro das exigências do Banco Central. “Nosso compliance amarra todas as pontas: análise da origem e do destino dos recursos, checagem do beneficiário final e emissão de comprovante com os mesmos campos exigidos no câmbio tradicional, para não gerar fricção para o cliente”, reforçou.
Debate regulatório com Machado Meyer e Paiva Gomes Advogados
O painel técnico contou com Amanda Blum e Marcelo de Castro, advogados do Machado Meyer, e Eduardo de Paiva Gomes, sócio da Paiva Gomes Advogados. Eles detalharam as implicações das resoluções 520 e 521 do Banco Central, que definem como corretoras de câmbio, bancos e instituições de pagamento podem atuar no mercado de ativos virtuais.
Amanda e Marcelo explicaram que corretoras de câmbio não podem emitir moeda eletrônica nem operar conta margem, mas podem oferecer wallets digitais em parceria com custodiante e provedor de Bank