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Brasil e EUA discutem ação contra hackers de criptomoedas

Petrolão do Ethereum

A pressão sobre as instituições que operam criptomoedas está entre as medidas da proposta que faz parte do esforço dos Estados Unidos em combater os chamados ransomwares.

Convocados pelos Estados Unidos, vários países participaram do evento que começou na última quarta-feira (13) e durou dois dias. Finalizado na última quinta (14), a cúpula tinha como intenção principal guiar os governos sobre as novas ameaças cibernéticas. 

O Brasil então se comprometeu a implementar medidas para combater os hackers que utilizam criptomoedas.

EUA convoca 31 países para reunião

Após participar da reunião com outros 31 países convocados pelos Estados Unidos, que têm sido alvo de ataques ransomwares, o Brasil deve implementar medidas contra hackers que utilizam criptomoedas para cometer crimes pela internet. 

O assunto dos ransomwares agora é tratado como de “segurança global”, visto que o governo de Joe Biden classificou a situação como uma ameaça à segurança nacional americana. 

No início do ano, um ataque do tipo interrompeu as operações do maior gasoduto que abastece a costa leste do país. Em junho, o alvo dos hackers foi a filial americana da JBS.

Com alvos sendo instituições de saúde, combustível, mantimentos e outros bens ao público na mira desses grupos que operam ransomware, essa categoria de malware já é considerada uma ameaça aos serviços essenciais.

Leia também: O que é ransomware e como se livrar de um?

Por isso, a pressão sobre as instituições operadoras de criptomoedas para dificultar esse tipo de operação e adoção de técnicas para rastrear os pagamentos feitos pelas vítimas também estão entre as ações defendidas pelo comitê. Outro ponto necessário é o reforço das regras de combate à lavagem de dinheiro para identificar os criminosos.

No comunicado conjunto emitido pelos países, publicado pela Casa Branca nos Estados Unidos, fica claro que o combate à ameaça dependerá de cooperação entre governos, setor privado, sociedade civil e público em geral.

“Os esforços incluirão a melhoria da resiliência da rede para evitar incidentes quando possível e responder com eficácia quando os incidentes ocorrerem; abordar o abuso de mecanismos financeiros para lavar pagamentos de resgate ou conduzir outras atividades que tornem o ransomware lucrativo; e perturbar o ecossistema de ransomware por meio da colaboração da aplicação da lei para investigar e processar os atores do ransomware, abordando refúgios seguros para criminosos ransomware e envolvimento diplomático contínuo.”

Além da interrupção do ecossistema de ransomware, os esforços diplomáticos podem promover o comportamento baseado em regras ​​para lidar com as operações de ransomware - EUA e Brasil discutem ação contra hackers de criptomoeda na Casa Branca
“Além da interrupção do ecossistema de ransomware, os esforços diplomáticos podem promover o comportamento baseado em regras ​​para lidar com as operações de ransomware”, disseram no comunicado.

A Casa Branca espera que leis sejam adequadas para tratar essa ameaça. Dessa forma, o Brasil se comprometeu a lidar de forma mais agressiva com os hackers que operam criptomoedas. Outro compromisso é o de modernizar a segurança cibernética nacional, visto que equipamentos e softwares modernos podem ajudar a conter o problema. 

Além disso, treinamento do pessoal e contratos com empresas privadas não estão descartados e o comunicado deixa claro que os países estão se unindo em prol desta causa, devendo compartilhar experiências aprendidas e melhores formas de lidar com as exigências dos criminosos quando estes pedem o resgate.

“No futuro, estamos comprometidos em compartilhar as lições aprendidas e as melhores práticas para o desenvolvimento de políticas para lidar com os pagamentos de resgate, conforme apropriado.”

A avaliação é de que uma análise minuciosa e consistente sobre as criptomoedas será fundamental para a segurança internacional. Contudo, empresas que trabalham no setor de criptomoedas precisarão ter mais atenção com essa nova visão sobre ataques cibernéticos, principalmente se as autoridades monetárias alegarem que elas são suspeitas de facilitar a atividade desses grupos de hackers.

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