O presidente bitcoiner de El Salvador, Nayib Bukele, superou em popularidade até mesmo o Papa em países como Chile, Venezuela, Equador, Guatemala e Honduras.
De acordo com uma recente pesquisa realizada pelo Latinobarómetro em 17 nações da América Latina, o jovem líder salvadorenho é reconhecido como o melhor presidente da região, gozando de popularidade ainda maior em países vizinhos do que em sua própria terra natal.
Bukele tem 90% da aprovação dos eleitores, enquanto Lula, por exemplo, conta com apenas 61% de aprovação no governo.
Nayib, o moralizador bitcoiner da América Latina
Apesar de El Salvador ser o menor país da América Central, com uma área apenas um quinto da Hungria e uma população de pouco mais de seis milhões, durante muitos anos foi tido como o país mais perigoso do mundo. Organizações criminosas dominavam vastas áreas, deixando regiões inteiras fora do alcance do Estado.
No entanto, a chegada de Bukele, então com 41 anos, transformou essa realidade. Em vez de negociar, o presidente adotou uma política de “mano dura“, enfrentando as gangues diretamente. Esse embate trouxe uma sensação de segurança pública que muitos salvadorenhos não experimentavam há gerações.
De origem palestina e com uma carreira anterior em marketing, Bukele elegeu-se com promessas de reduzir o crime organizado e o número de homicídios. O impacto de seu governo foi sentido quase que imediatamente.
No início de 2022, o país presenciou quatro dias consecutivos sem um único homicídio, e em fevereiro a média diária de mortes violentas caiu para 2,4. Para contextualizar a dimensão dessa conquista, vale lembrar que antes de Bukele assumir a presidência, cerca de 20 pessoas eram assassinadas diariamente no mesmo período.
Seu impacto não foi apenas sentido em El Salvador. Países vizinhos, que enfrentam desafios semelhantes de crime elevado, também demonstraram apoio a Bukele. Isso é evidenciado pelas manifestações pró-Bukele que ocorreram em Guatemala, Honduras e, surpreendentemente, até mesmo no Chile.
Bukele também ficou muito conhecido por adotar o bitcoin como moeda oficial do seu país.
Esta ascensão meteórica na política e na popularidade demonstra o impacto transformador que uma liderança decisiva e inovadora pode ter, não apenas em um país, mas em toda uma região. Bukele, com sua abordagem intransigente ao crime e sua postura pró-bitcoin, continua a marcar seu lugar na história da América Latina.