Steve Wozniak, o famoso co-fundador da Apple, resolveu processar o Google e o Youtube por deixar que golpes usem a sua imagem indevidamente.
O processo, aberto na Califórnia, afirma que Wozniak tentou comunicar esse problema ao YouTube por meses. “O YouTube tem hospedado, promovido e lucrado de maneira semelhante com golpes semelhantes“, afirmou Wozniak.
Ele não é a primeira pessoa de destaque a processar o Google por permitir golpes envolvendo criptomoedas no Youtube. Em abril, Brad Garlinghouse – o fundador da Ripple – entrou com uma ação contra o Google dizendo sofrer “danos irreparáveis à sua imagem, marca e reputação públicas como conseqüência direta da falha deliberada e inexplicável do YouTube em solucionar uma fraude generalizada e prejudicial que ocorre em sua plataforma “
Fraudes sim, criptos não?
Uma série de golpes enovlvendo criptomoedas estão acontecendo no Youtube. O principal deles é o “Giveway”, no qual são usadas pessoas famosas em vídeos que prometem lucros absurdos com criptomoedas se as pessoas enviarem moedas para os endereços no vídeo.
O exemplo abaixo mostra a imagem de Steve e os endereços dos estileionatários:
Outras pessoas importantes como Bill Gates, Vitalik Buterin (criador do Ethereum) e Changpeng Zhao (CEO da Binance) também já tiveram suas imagens usadas.
“O YouTube gerou US $ 15 bilhões em receita com publicidade no ano passado, e você está me dizendo que eles não podem gastar mais dinheiro para policiar golpes óbvios que violam seus próprios termos de serviço?” Garlinghouse disse à Fortune.
Apesar de permitir esses golpes, o Youtube continua com sua política extremamente restrita a produtores de conteúdo relacionados a criptomoedas, tendo banido diversos canais há alguns meses.
No início desta semana, o YouTube se defendeu em um caso semelhante, dizendo que estava imune à responsabilidade sob as disposições da Lei Federal “Communications Decency Act”. A lei de 1996 afirma que os provedores de internet não podem ser responsabilizados pelo conteúdo publicado em suas plataformas pelos usuários, diferente do que acontece em jornais e revistasa.