As indústrias de criptomoedas e blockchain continuam a crescer, mesmo com os impactos negativos que o inverno cripto trouxe em 2022.
O ano passado foi turbulento para os investidores em geral, as condições macroeconômicas e eventos geopolíticos tiveram um impacto muito grande no rendimento do mercado financeiro tradicional, assim como no mercado de criptomoedas.
Com tantas pessoas perdendo suas economias por apostarem em projetos que acabaram falindo, é mais importante que nunca se informar extensivamente sobre onde alocar seu dinheiro. Por conta disso, apesar dos pesares, 2022 também foi um ano de muita construção e aprendizado.
O ano novo traz novos ciclos e metas para cada um e, caso uma das suas metas para 2023 seja começar a investir, a equipe de pesquisa do Cointimes lançou um relatório para auxiliar e guiar os investidores.
Relatório: A visão do Cointimes Club para DeFi em 2023
O relatório foi formulado a partir de uma tese de investimento chamada “Modelo Startup,” que foi estudada e adaptada pelo Cointimes Club, testada durante os ciclos de mercado anteriores. Essa tese se baseia na visão de que o mercado em Web3 se assemelha ao modelo de startups:
“Um ponto interessante nesse modelo é que, diferente de startups tradicionais, ao investir em criptomoedas e Web3 é possível ‘sair’ do investimento com mais facilidade, por ser tokenizado. Em uma startup tradicional você só sai em rodadas específicas ou IPO – criando um cenário de menor liquidez do capital e mais risco.”
A facilidade de liquidez oferecida pela negociação em tokens de projetos, faz com que este mercado seja mais acessível para um maior número de investidores que desejam aplicar seu dinheiro em ativos de alto risco, normalmente sendo aplicações de baixa porcentagem no portfólio geral do investidor.
Por falar em ativos de alto risco, vale mencionar que esse tipo de investimento é mais indicado para perfis mais agressivos e tolerantes à volatilidade pois, mesmo com uma tese de investimento sólida, o retorno nunca é garantido e sempre existe risco atrelado aos investimentos, principalmente aqueles com maior rentabilidade esperada.
Por isso, e pensando com cautela nos leitores, o Cointimes Club considerou três pilares para entender a proposta de valor e viabilidade de um investimento, observando que empresas e projetos precisam gerar valor para dois grupos de pessoas, os usuários e os investidores.
Esses três pilares envolvem o modelo de negócio do projeto, a equipe por trás e a maneira como o projeto levanta recursos para financiar esse modelo de negócio. Com base nisso, e com uma geração clara de valor para usuários e investidores, o relatório avaliou os projetos e ativos disponíveis no mercado de forma objetiva, encontrando oportunidades com bons fundamentos e boa projeção de lucro no curto, médio e longo prazo.
Por exemplo, analisando os projetos que se destacam entre aqueles que mais levantaram fundos privados (em dólar) em uma única rodada de investimento, dois deles colapsaram pouco tempo depois:
“A Luna Foundation Guard, criadora da blockchain Terra (LUNA) e da stablecoin TerraUSD (UST), levantou US $1Bi em 21 de fevereiro de 2022, e o FTX Token (FTT), token nativo da exchange FTX e protagonista do escândalo envolvendo a empresa base e seu braço de investimento, Alameda Research, levantou US $900Mi em 19 de junho de 2021.
Com isso entendemos que valores de capital levantados em rodadas privadas não devem ser considerados de forma isolada na avaliação de um projeto. Já que os dois “campeões” se mostraram péssimos negócios alguns meses depois.”
Esses casos destacam a importância da análise crítica das informações disponíveis, e são um lembrete de que indicadores positivos não são garantia de sucesso, dados e teses podem ser falhos nesse sentido, por conta das inúmeras variáveis que envolvem os projetos, e a corrupção dos fundadores é apenas uma delas.
Quer aprender mais sobre os indicadores e como investir de maneira mais informada? Acesse o relatório completo do Cointimes Club e participe do nosso Discord.