Iniciada em 23 de dezembro de 2020, uma possível aposta sobre o preço do Bitcoin movimentou o Twitter de uma forma épica. O perfil Mises Capital disse que pagaria R$ 50 mil para alguém do mercado financeiro que quisesse apostar que o Bitcoin não chegaria em R$ 233 mil em 2021.
Ainda no início de fevereiro, com a notícia que a Tesla de Elon Musk havia alocado US$ 1,5 bilhão em bitcoin, a criptomoeda ultrapassou o preço estipulado no Brasil, com o Bitcoin sendo negociado acima de 43 mil dólares no exterior.
Embora Dana tenha mostrado publicamente interesse em inclusive aumentar o valor da aposta com a Mises Capital, ele acabou desistindo faltando apenas 5% de valorização para perder. O motivo foi jurídico, já que ele não poderia “ter o nome e imagem associados a apostas” devido a contratos com outras empresas.
Adoção do Bitcoin aumentando e críticos ficando para trás
Samy Dana é conhecido na comunidade por ter criticado duramente o bitcoin durante muitos anos, começando em 2014 com um comentário em publicação na Gazeta do Povo:
“A possibilidade [de bolha] é enorme porque o Bitcoin não tem o menor lastro, ninguém garante os preços. E isso pode explodir”, disse o economista Samy Dana.
Na ocasião, a cotação do bitcoin estava por volta de R$ 1.875. Porém, mesmo sem a garantia de nenhum governo, com o aumento da adoção puramente voluntária, o criptoativo alcançou novas máximas. Hoje são mais de 19 empresas de capital aberto com bitcoin em seus balanços, incluindo a MicroStrategy e a Tesla.
O investidor de ouro e crítico do Bitcoin Peter Schiff não acreditou que Musk investiria em bitcoin. Em conversa durante dezembro do ano passado, o CEO da Binance previu com bastante confiança que a Tesla iria entrar de cabeça no mercado de Bitcoin.
“Musk é inteligente demais para ser burro o suficiente de comprar Bitcoin. É só questão de tempo até que você perceba isso também.”, disse Schiff.
No entanto, o documento oficial da SEC mostra que a Tesla está interessada tanto em investimentos em bitcoin quanto em ouro, mas cita apenas o estudo da criptomoeda como forma de pagamento.
No momento da escrita desta matéria o bitcoin é negociado a R$ 230 mil no Brasil.
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