Hoje (06) é o último dia para a inscrição do concurso público executado pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).
O edital divulgado essa semana torna pública a abertura de inscrições e estabelece normas para a realização de Concurso Público destinado ao provimento de cargos da carreira de Técnico-Administrativo em Educação do Quadro de Pessoal Permanente da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), para a Sede de Uberaba.
Para estes cargos, é interessante notar que algumas noções básicas de informática e criptomoedas, comum aos cargos de técnico de laboratório, contabilidade, enfermagem, administração, segurança-do-trabalho, biólogo, nutricionista e pedagogo, são exigidas.
O edital destaca os pontos que devem ser estudados no conteúdo programático. Lá nós encontramos os assuntos exigidos para a prova:
7. Malwares: definição; objetivos; principais tipos e características de: Cavalos de Tróia (trojans), worm, exploit, phishing, rootkit ou bootkit, botnet, minerador de criptomoedas, ransomware, spyware, keylogger, hijacker, vírus; meios de propagação; como se proteger e exemplos de Malwares.
A remuneração inicial dos cargos vai de R$ 2.446,96 a R$ 4.180,66. Por isso, vale a pena você revisar os assuntos para ir bem na prova. Entenda:
Definição de minerador de criptomoedas
Uma criptomoeda não tem forma física, existindo apenas no mundo digital. Se o dinheiro em papel é impresso por instituições como a Casa da Moeda, o processo de “confecção” de criptomoedas é chamado de mineração.
O processo, que exige muito poder computacional, é executado pelos mineradores de criptomoedas. Como recompensa pelo gasto energético, os mineradores recebem criptomoedas toda vez que conseguem validar uma transação na blockchain.
Objetivos da mineração de criptomoedas
Por serem, geralmente, protocolos públicos e descentralizados, sem a necessidade de um terceiro de confiança, as redes blockchain das criptomoedas precisam de uma maneira de manter viva a rede.
Nesse sentido, a mineração tem objetivo de manter o consenso da rede, realizando as operações de troca de bits de forma totalmente segura, transparente e imutável.
Principais tipos e características da mineração de criptomoedas
O blockchain é formado por pedaços de códigos (os blocos), que ficam ligados entre si (a rede). É nesses blocos que ficam registradas informações, como os dados de transações de criptomoedas.
Os processos de mineração envolvem basicamente a verificação das informações apresentadas em um desses blocos; se é verdadeira ou não. Caso ela seja verdadeira, o bloco é incorporado à rede e ganha um código de criptografia.
Mas existem vários processos para verificar se a informação no bloco é verdadeira ou não.
PoW (Proof-of-Work – prova de trabalho)
A forma de mineração mais conhecida é o PoW, usado no Bitcoin. O processo envolve tomar a Função Hash (no caso do Bitcoin é usado o algoritmo SHA-256) do último bloco do Blockchain, adicionar novas transações e resolver uma nova função criptografada. Resolver a função seria o trabalho, daí o nome PoW, Prova de Trabalho.
Inicialmente eram usados a força computacional do CPU (Central Processing Unit) para as tentativas, e mais tarde foram usadas GPU (Graphic Processing Unit). Hoje em dia se usam equipamentos mais sofisticados chamados ASIC (Application-specific Integrated Circuit) desenvolvidos especificamente para este fim.
Você pode entender toda a história da mineração do Bitcoin neste post: Do CPU ao vulcão: A história da mineração de Bitcoin
PoS (Proof-of-Stake ou Prova de Participação)
A forma de mineração PoS usa um sorteio aleatório para decidir quem será o criador do próximo bloco. Nesse modelo o potencial criador já deve contar com ativos na moeda específica e quem tiver mais moedas tem mais chances de ser o criador/sorteado.
É necessário alocar uma quantidade de moedas para este processo e caso tente comprometer ou alterar o bloco perderá suas moedas. Isto em teoria garante a integridade dos participantes.
No PoS este processo é chamado de bloco forjado e não minado como no caso de PoW. Comparado ao PoW o PoS é muito mais eficiente em termos de consumo de energia, uma vez que não exige força computacional para a resolução do algoritmo.
PoC (Proof-of-Capacity ou Prova de Capacidade)
Por fim, a prova de capacidade (PoC) é um algoritmo de mecanismo de consenso usado em blockchains que permite que dispositivos de mineração na rede usem seu espaço disponível no disco rígido para decidir os direitos de mineração e validar as transações.
Esse mecanismo surgiu como uma das muitas soluções alternativas para o problema de alto consumo de energia em sistemas de prova de trabalho (PoW) e entesouramento de criptomoeda em sistemas de prova de participação (PoS).
Em vez de alterar repetidamente os números no cabeçalho do bloco e hash repetido para o valor da solução como em um sistema PoW, PoC funciona armazenando uma lista de soluções possíveis no disco rígido do dispositivo de mineração, mesmo antes do início da atividade de mineração.
Quanto maior o disco rígido, mais valores de solução possíveis podem ser armazenados no disco rígido, mais chances o minerador tem de corresponder ao valor de hash necessário de sua lista e receber a recompensa.
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