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Conheça 6 criptomoedas e tokens que distribuem lucro

token distribuição de lucros

Uma das recorrentes críticas que investidores veteranos fazem ao mercado de criptomoedas é que o Bitcoin não é um ativo gerador de caixa. Mas tudo bem, nem todo ativo precisa ser produtivo, o ouro, como commodity, apresentou um retorno muito maior do que o mercado de ações em 2020.

Mesmo assim, o mercado de criptomoedas tem potencial para impressionar muita gente, com tokens baseados em staking e security tokens, que funcionam basicamente como títulos digitais.

Veja abaixo alguns dos mais proeminentes tokens que distribuem lucro de alguma forma.

Ganhando com empréstimos

A Nexo é uma empresa de empréstimos colateralizados em bitcoin. O que isso significa? Basicamente ela permite que você use os seus bitcoin para pegar empréstimos mais baratos. Quase como uma hipoteca de uma casa, mas sem burocracia e complicações.

A empresa emitiu tokens em blockchain e se comprometeu a pagar 30% dos dividendos de todo o lucro gerado para os donos do Nexo Token. O dividendos são pagos em Bitcoin, Ether, ou até mesmo tokens da Nexo.

Os tokens da Nexo foram muito bem na última grande queda do mercado em 2018, chegando a valer US$, 2,20 cada – hoje, eles são negociados a US$0,15.

No entanto, a empresa tem expandido e já negocia altcoins, tem um serviço de cartão de débito (não disponível para o Brasil) e vem batendo recorde de dividendos pagos.

Kucoin Shares

Este token de ticker KCS é centralizado e funciona como uma forma de investir na exchange Kucoin, que distribui os lucros da corretora através das taxas de cada par de negociação.

Dessa forma, os detentores de Kucoin Shares ganham dividendos em mais de 200 criptomoedas diferentes que a plataforma possui, dependendo do volume de negociação de cada uma. Além disso, os traders detentores de milhares de KCS ganham descontos nas taxas de negociação.

A grande vantagem é a facilidade em investir em uma grande exchange de criptomoedas e que, se ela crescer ainda mais no mercado, o token pode valorizar entregando ganhos além dos dividendos.

A principal desvantagem é ter que segurar o token na corretora, o que pode ser bem menos seguro que guardar em carteira. As criptomoedas recebidas como distribuição de lucros podem ser retiradas pagando a taxa de saque.

Apostando na maior corretora do planeta

A moeda da Binance tem como proposta inicial o desconto nas taxas de negociação da exchange, que hoje é a maior do mundo em volume.

No entanto, o desconto que começou em 50% em 2017, vai caindo pela metade a cada ano, chegando até zero no quinto ano de existência. Futuramente ela será usada na Exchange Descentralizada (DEX) da Binance.

O token BNB tecnicamente não rende, mas possui uma função de queima periódica de moedas. Trimestralmente uma quantidade de tokens baseada no volume total de trades na corretora sai de circulação no mercado.

Este processo tende a valorizar a cotação dos tokens restantes, que devem assumir o valor de mercado total da Binance Coin, que hoje se encontra em US$ 3,4 bilhões, segundo o Coingolive. Sendo assim, comprar BNB também serve como uma forma de apostar no sucesso da maior corretora do mercado atualmente.

O processo de queima de moedas deve continuar até que 100.000.000 de moedas sejam inutilizadas, o que representa 50% do total de tokens cunhados em sua criação. Ainda faltam 47.883.948 para serem tirados de circulação.

Saiba mais sobre a Binance no podcast: Binance, a gigante do mercado – Conexão Satoshi #11

Decred

Diferente de outras criptomoedas, a Decred (DCR) tenta trazer segurança para seu blockchain através de um sistema híbrido entre Proof Of Stake (PoS) e Proof Of Work (PoW). Desta forma, além da mineração tradicional que conhecemos pelo Bitcoin, os holders também recebem novas moedas.

E não é somente da validação de blocos que os holders estão encarregados, com DCR você pode participar da votação de mudanças de regras de consenso e propostas da Politeia. Mas neste artigo vamos focar somente na remuneração dos usuários.

Trinta por cento da recompensa dos blocos vão para os validadores PoS, e para se tornar um os participantes devem comprar tickets que variam de preço a cada 12 horas. Após a compra, o ticket aguarda ser inserido em um bloco por algum minerador e espera “amadurecer” para poder votar, todo o processo demora uma média de 28 dias.

Finalmente, o token realiza seu voto e você recebe a recompensa de mineração e o preço do ticket de volta, no processo podem existir taxas de uma pool de staking. Além de ser uma forma de ganhar dinheiro, isso é especialmente interessante pois é uma forma de dar poder aos holders, que basicamente escolhem as “regras do jogo”.

Ethereum 2.0

Como já explicamos em outro artigo, o segundo maior blockchain do mundo vai vai passar por grandes mudanças e funcionar puramente através de PoS. O novo processo de mineração não vai demandar equipamentos físicos, as novas recompensas dos blocos serão dos stakeholders, similarmente a alternativa anterior.

De acordo com a proposta atual, o número mínimo de tokens que você precisará segurar é de 32 ETH. Enquanto o novo Ethereum segue em fases de testes, milhares de novos endereços alcançam essa quantidade de tokens, provavelmente se preparando para ganhar dinheiro com o Ethereum 2.0.

ReitBZ – Token do BTG

O Banco BTG foi a primeira instituição financeira da América Latina a emitir o próprio token em blockchain, o ReitBZ. Lastreado em cotas de um Fundo de Investimento em Participações administrado pelo próprio banco, o token já distribuiu R$ 460 mil em dividendos em julho.

Infelizmente, residentes do Brasil, EUA e China não podem participar da distribuição. Então, se você é um dos angolanos que leem o Cointimes (nós temos muitos leitores de lá) poderá investir no Reitbz.

Outras ideias

Existem muitos outros tokens que distribuem lucros e dividendos de alguma maneira. Essa lista trouxe apenas alguns dos criptoativos que representam inovações ao mercado tradicional em geral, não configurando uma recomendação de investimento

Plataformas de lending podem fazer qualquer criptomoeda “render”, até mesmo o Bitcoin, como explicamos no artigo “Renda fixa em criptomoedas: sim, isso já existe“. Porém, muito depende do apetite ao risco de cada investidor.

Vale notar também que lucros nominais não representam lucros reais, e o investidor cairia em uma péssima relação risco-retorno se não considerar, dentre outros fatores, a liquidez do token.

Leia mais em: Desmistificando retornos de staking

*Esse post não é uma indicação de investimento. Lembre-se de consultar a jurisdição aportar qualquer valor em qualquer lugar.

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