“Como uma pequena empresa que começou em Londres – Ontário, Canadá, operamos 4 locais corporativos e 3 locais em Franshise prestes a abrir em Ontário. Acabamos de converter todas as nossas reservas de caixa que foram originalmente usadas como economias em #Bitcoin”, é assim que Ali Hamam começa uma série de tweets onde conta porque tomou a decisão de transformar as reservas de dólares do Restaurante Tahinis em Bitcoin.
Ali Hamam, junto com seu irmão Omar e seu primo Ahmed administram uma rede de restaurantes. Ele contou que, como a maior parte do comércio, seus negócios foram duramente afetados pela crise do Covid-19 e as paralisações. Muitas demissões foram necessárias e o trabalho em tempo integral dos donos foi preciso para manter o empreendimento vivo.
Da escassez para a fartura?
“Foi muito difícil, principalmente porque estamos em fase de expansão. Com muita vontade, muitas horas de trabalho e determinação, conseguimos manter o fluxo de caixa de todos os nossos restaurantes positivo.”, contou ele. Mas para piorar a situação, Hamam foi confrontado por um problema curioso.
Com a crise, o Canadá decidiu distribuir gordos auxílios para os seus cidadãos não precisarem trabalhar, e assim manter o isolamento social em casa. O que tornou difícil a volta dos empregados previamente demitidos.
“Eles estavam ganhando mais dinheiro ficando em casa e não trabalhando. De repente, passamos de uma crise econômica para todos com muito dinheiro, incluindo nós.”, relatou o perfil do restaurante.
No entanto, parecia ter algo esquisito com o fato das reservas de caixa da empresa estarem aumentando e os negócios crescendo novamente. O dinheiro não parecia ter mais o mesmo apelo, Hamam contou que “estava claro que eventualmente, com todo o excesso de caixa circulando na economia, esse dinheiro acabaria valendo menos”.
Enquanto o dono do restaurante gostava de investimentos, ele nunca chegou perto de Bitcoin por conta de seu ídolo Warren Buffett ter chamado de “veneno de rato”. Mas após se aprofundar mais no assunto ouvindo podcasts e lendo artigos, Hamam caiu no que chamou de “toca do coelho”.
A cada livro que lia, comprava ainda mais bitcoins e aumentava sua porcentagem de criptomoeda na carteira pessoal. “A cada podcast que escutava, comprava ainda mais”, disse ele citando os seus influenciadores preferidos.
Surge mais uma empresa bitcoiner
Ao comentar a confiança que encontrou no Bitcoin, agora o empresário vê a economia como uma grande dança das cadeiras:
“Para mim, vejo #bitcoin como uma verdadeira tecnologia de poupança livre que armazena riqueza no tempo e no espaço. E ficou claro para mim que há um jogo musical de cadeiras sendo tocado agora e a música vai parar e algumas pessoas ficarão de fora.”
Apesar de semelhante à notícia da MicroStrategy transferindo seu caixa de US$ 250 milhões para Bitcoin, a história do restaurante chama atenção por aspectos diferentes.
O Restaurante Tahinis não é uma gigantesca do ramo de business inteligence, mas é um pequeno empreendimento que lutou para sobreviver e agora compartilha sua história de vitória.
A rede de restaurantes até agora tem tido um bom retorno com a sua decisão. Mas seu sucesso com Bitcoin também está no quesito marketing, com o número de compartilhamentos chegando em 600 e as curtidas ultrapassando os milhares.
Segundo Hamam, seu restaurante ainda opera com fluxo positivo e não precisou se desfazer de nenhum lucro obtido com a compra de BTC. Além disso, os atuais 60 funcionários também se interessam no assunto graças a ele.
O dono relatou que não teme um mercado de baixa que venha afetar o caixa da empresa, pelo contrário, diz crer que o restaurante terá retornos impressionantes em um bull run em breve.
Ele também anunciou que em breve será possível pagar o jantar diretamente com Bitcoin na sua rede de restaurantes.
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