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Coreia do Norte é acusada de roubar mais de US$300 milhões em criptomoedas

Segundo relatório escrito pela jornalista Edith Lederer, uma das principais correspondentes das Nações Unidas no mundo, a Coreia do Norte foi a responsável por cerca de US$316 milhões em roubos de criptomoedas apenas no ano de 2020.

Segundo a jornalista, o país utilizou o dinheiro obtido para melhorar seu arsenal bélico e impulsionar seu projeto de armas nucleares. De acordo com relatório enviado aos membros do Conselho de Segurança da ONU na segunda-feira, a ditadura utilizou parte do dinheiro para a geração de material físsil, produto utilizado para a produção de armamento nuclear.

Ele exibiu novos sistemas de mísseis balísticos de curto e médio alcance, lançados por submarinos e intercontinentais em desfiles militares. […] Foi anunciado a preparação para o teste e a produção de novas ogivas de mísseis balísticos e o desenvolvimento de armas nucleares táticas […].

O relatório cita um hack no qual foram roubados US$ 281 milhões, valor que coincide com o hack da exchange Kucoin, ocorrido em setembro de 2020, do qual a maior parte dos fundos foi recuperada. Os lucros obtidos provenientes dos ataques teriam sido lavados em exchanges chinesas.

Sanções da ONU

O relatório enfatiza que as sanções impostas pelas Nações Unidas tornam-se na prática inefetivas, uma vez que o governo do país consegue burlá-las sem muito esforço.

A Coréia do Norte continua capaz de escapar das sanções e desenvolver suas armas e importar petróleo refinado ilicitamente, acessar canais bancários internacionais e realizar ‘atividades cibernéticas maliciosas’.

Apesar do país conseguir burlar as sanções promovidas por entidades centralizadas, a Coreia do Norte não consegue se esconder da transparência promovida por blockchains como a do Bitcoin. Não à toa, a exchange Kucoin conseguiu recuperar grande parte dos fundos roubados.

“Últimas atualizações sobre o incidente de segurança da #KuCoin: até agora, 84% dos ativos afetados foram recuperados por meio de abordagens como rastreamento on-chain, atualização de contrato e recuperação judicial. Conforme solicitado pelas autoridades, publicaremos todos os detalhes assim que o caso for encerrado.”, disse Johnny Lyu, cofundador e CEO da KuCoin.

Não é de hoje que o regime norte-coreano investe em armas de destruição em massa, sabemos que desde a década de 60 existe o desenvolvimento das capacidades nucleares da ditadura – que na época era auxiliada pela União Soviética. 

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