Três dos maiores bancos dos EUA estão compartilhando suas previsões para o S&P 500 após o índice de ações sofrer uma grande queda no início do ano. O JPMorgan Chase, maior banco dos EUA, acredita que as manchetes sobre tarifas não são o catalisador por trás da recente correção do mercado. Segundo uma equipe liderada por Nikolaos Panigritzoglou, a correção de US$ 5,5 trilhões do S&P 500 foi provavelmente impulsionada por dois tipos de firmas de investimento ajustando suas posições, e não por preocupações dos investidores com uma possível recessão. Os principais suspeitos são os fundos de hedge de ações, especialmente os fundos quant e os do setor TMT (tecnologia, mídia e telecomunicações). O JPMorgan sugere que o S&P 500 pode estar próximo de encontrar um fundo local, especialmente se os ETFs de ações dos EUA continuarem a receber influxos.
Por outro lado, o Bank of America (BofA) acredita que o S&P 500 ainda tem potencial de queda antes de encontrar um piso de preço. O banco recomenda comprar o índice a 5.300 pontos quando o caixa do FMS (pesquisa de gestores de fundos) do BofA ultrapassar 4%, os spreads de alto rendimento se aproximarem de 400 pontos base e as saídas de ações acelerarem.
Já o Morgan Stanley afirma que o S&P 500 está em uma área que pode desencadear ralis táticos. O banco mantém sua previsão de que 5.500 pontos devem fornecer suporte para um rali negociável liderado por ações cíclicas, de menor qualidade e de crescimento caro que foram mais atingidas e onde a base curta é maior.
No final do ano passado, todos os três bancos previram que o S&P 500 atingiria patamares ainda maiores este ano. O BofA projetou o índice subindo para 6.666 pontos, enquanto JPMorgan e Morgan Stanley previram uma alta para 6.500 pontos. No momento da escrita, o S&P 500 está sendo negociado a 5.662 pontos.