Marcos Pontes, o ministro da Ciência e Tecnologia, anunciou nesta segunda-feira (13) que um medicamento estava sendo testado com 94% de eficácia no combate ao coronavírus.
No entanto, temendo uma corrida às compras, o ministro não revelou o nome do medicamento, que acabou vazando mesmo assim e descobriu-se que é o vermífugo Annita, ele obteve resultados positivos em pesquisas do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais).
Saberemos o resultado dos testes em poucos dias
Os resultados que temos até agora são insuficientes, pois só foram feitos em ensaios celulares. Porém, os testes em humanos já estão começando, e o resultado pode demorar menos de duas semanas.
Pontes informou que testes clínicos estavam sendo realizados em 500 pacientes de 7 hospitais pelo país. O tratamento durará 5 dias e a observação mais 9, concluindo o teste em 14 dias.
Além disso, o laboratório farmacêutico FQM Farmoquímica, o responsável pelas vendas da Annita no país, também decidiu realizar um exame clínico com uma amostra menor, 50 pacientes.
A FQM, porém, decidiu modificar um pouco o medicamento dando mais enfoque no princípio ativo que parece estar trazendo os resultados positivos, a nitazoxanida. O medicamento ainda vai ser devidamente testado e não está ainda disponível para vendas.
Os resultados devem sair em cerca de 21 dias. Exames devem ser realizados em pacientes que já estejam internados, mas não em estado grave, para saber se a substância é efetiva em evitar a necessidade de UTI.
Anvisa requer receita para compra de Annita em farmácias
Com receio de acontecer o que houve com a cloroquina, medicamento que Bolsonaro defendeu a eficácia contra o coronavírus, Anvisa decidiu intervir.
O medo das pessoas em relação ao Covid-19 levou a uma escassez da cloroquina em farmácias, remédio que também serve no tratamento e profilaxia de malária.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, então, decidiu nesta quinta-feira (16) que o vermífugo Annita só seria comprado com receita especial.
