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CVM estuda mudar regras de classificação do investidor qualificado; descubra qual o novo perfil

Investidor qualificado

Nesta quarta-feira (21), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou que está estudando a possibilidade de alterar as regras que  identificam um investidor como qualificado.

A norma anterior classificava como um investidor qualificado aqueles que obtinham mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras. Com a mudança, o valor pode reduzir para R$ 627 mil.

A discussão se deu após uma pesquisa da autarquia constatar que os investidores do varejo podem apresentar um amplo interesse por ativos de maior risco, assim como, produtos financeiros alternativos.

Novas Regras

De acordo com a CVM, a classificação de um investidor qualificado dá acessos diferenciados. Entre eles, aplicações indisponíveis para o varejo, como fundos de investimento em participações, que aplicam em empresas de capital fechado.

Portanto, a mudança pretende abranger investidores com baixo patrimônio, porém, com rendimento mensal de R$ 15 mil. Além disso, aqueles com capital de R$ 627 mil investido também entrariam no perfil.

Desse modo, os investidores que se encaixam em um dos perfis, ou nos dois ao mesmo tempo, entrariam na qualificação e teriam acesso aos privilégios da categoria.

Inclusive o ETF 100% de bitcoin no Brasil, o QBTC11, iniciou suas negociações apenas para investidores qualificados. Até que em 23 de junho foi lançado para o público geral na B3.

Embasamento em pesquisa

A proposta da mudança surgiu após uma pesquisa feita pela própria CVM. Divulgada no fim de 2020, os dados constataram que investidores do varejo estão dispostos a correr mais risco, assim como possuem cada vez mais interesse por produtos financeiros alternativos.

Em suma, a pesquisa ouviu cerca de 5 mil investidores. Sendo assim, 46% deles declararam estar pouco satisfeitos com os ativos disponíveis no mercado.

Além disso, a análise revelou que estes buscam alternativas de investimentos em criptomoedas, ativo que ainda não é regulamentado pela CVM. Da mesma forma, muitos investem no exterior, através de contas abertas em outros países.

Artigo publicado originalmente no 1Bilhão Educação Financeira e adaptado pelo Cointimes.

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