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De “Faraó do Bitcoin” para “Poderoso Chefão”; O réu que eliminava a concorrência

atividades ilícitas

Em 28 de outubro noticiamos quando a polícia indiciou o “Faraó do Bitcoin” por tentativa de homicídio contra seu concorrente.

No dia 14, terça-feira, Glaidson Acácio dos Santos virou oficialmente réu do caso após decisão da juíza Janaina Pereira Pomposelli, da 2ª Vara Criminal de Cabo Frio, que aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Um suposto grupo de extermínio, liderado pelo Faraó do Bitcoin

Além do Faraó do Bitcoin, mais 5 pessoas também foram aceitas como rés no caso.

Entre elas estão Thiago de Paula Reis, braço direito do Faraó, e os 4 executores.

Segundo investigações do delegado Carlos Eduardo Almeida, da 126ª DP (Cabo Frio), Thiago contatou os executores do crime para matar Nilson Alves da Silva, o Nilsinho, que era um concorrente do mandante no setor de “investimentos em criptomoedas”.

O grupo também é investigado por ligações com o assassinato do investidor em criptomoedas Wesley Pessano, em São Pedro da Aldeia.

Glaidson já havia sido preso anteriormente quando foi provado que seu negócio de investimentos em criptomoedas, na verdade era um golpe de pirâmide financeira.

De Faraó para Poderoso Chefão – Atividade lembra modus operandi da Máfia

A Polícia Federal conseguiu apreender celulares e ter acesso a conversas, por troca de mensagens, entre os denunciados.

O Ministério Público considerou que as mensagens mostram que a organização comandada por Glaidson era:

“Direcionada à eliminação de seus concorrentes no mercado de captação de clientes para investimentos, em uma atividade típica de grupo de extermínio que guarda semelhanças com as antigas organizações mafiosas”.

Eliminar os concorrentes ou inimigos era uma prática comum em organizações criminosas da máfia, como representado em filmes como O Poderoso Chefão ou na série Peaky Blinders.

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Segundo as investigações, o plano para a morte de Nilsinho estava em curso desde fevereiro de 2021, como mostra uma troca de mensagens entre Glaidson e Thiago, no dia 10 daquele mês.

O Faraó do Bitcoin
Glaidson, o Faraó do Bitcoin

– GLAIDSON: Bom dia
THIAGO: Plano em execução
THIAGO: Sócio, essa semana não passa. Tudo ok no esquema
– GLAIDSON: Po
– THIAGO: Prepara
– GLAIDSON: Sempre isso meu
THIAGO: Tudo com a cabeça no lugar. Sem dar merda
THIAGO: Confia sócio
– GLAIDSON: Kkkk
– THIAGO: Somos frio e calculista

Em outra troca de mensagens, dessa vez no dia 9 de março, Glaidson cobra Thiago como se ele tivesse esquecido da “missão”.

Thiago, braço direito do Faraó do Bitcoin
Thiago

– GLAIDSON: Meu foco é agora resolver até “sexta-feira”.
– THIAGO: Ele entrega amanhã a gente fecha a tela com ele tá? Já passei pra ele.
– GLAIDSON: Eu quero resultado. Até sexta-feira.
– THIAGO: Pode deixar
– THIAGO: Até sexta
– GLAIDSON: Ok

Ainda de acordo com a denúncia do MP, Rodrigo Silva Moreira seria a ponte entre Thiago e os outros denunciados (Fábio, Chingler e Rafael). Além disso, Rodrigo também seria o responsável por negociar valores de recompensa com Thiago.

Rodrigo,Chingler, Fabio e Rafael (da esquerda para a direita e de cima para baixo)

Ele também seria a pessoa que passava para o contratante os hábitos e rotinas da vítima para a execução do crime.

Nilsinho sobreviveu, mas ficou tetraplégico e cego.

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