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Desenvolvedores de jogos não parecem se entusiasmar com o mercado NFT e metaverso; entenda

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Os organizadores do evento Conferência de Desenvolvedores de Jogos (Game Developers Conference, ou GDC, na sigla em inglês), que ocorrerá no dia 20 de março, divulgaram os resultados da sua pesquisa anual sobre o estado da indústria. Na pesquisa, foram entrevistadas 2.300 pessoas do setor de desenvolvimento de games para entender o que pensam sobre diferentes assuntos, como NFTs, o metaverso e sindicalização.

De acordo com o relatório divulgado, o entusiasmo geral sobre NFTs diminuiu por conta dos escândalos e histórias de fraude rodeando o tema. De todos os desenvolvedores entrevistados, apenas 23% afirmaram que os seus estúdios têm interesse na tecnologia Web3 – uma leve redução em relação ao ano passado, quando esse número foi 27%. Também parece que os tokens não fungíveis e cripto vêm aparecendo menos nos videogames, principalmente pela rejeição do público quando estúdios anunciam projetos baseados na Web3.

Para se ter noção, quando questionados sobre o interesse dos seus estúdios nas tecnologias blockchain, 75% dos entrevistados marcaram “sem interesse”. Além disso, 56% disseram que não estavam interessados sobre Web3 e que a sua opinião não mudou em relação ao ano passado.

Mesmo com o pessimismo e falta de interesse, a Square Enix, responsável por franquias como Final Fantasy e Kingdom Hearts, parece estar dobrando os seus investimentos e comprometimento em NFTs. Pessoas que gostam de ganhar dinheiro jogando, além dos jogos play-to-earn comuns na indústria cripto, também podem arriscar a sorte nos cassinos online avaliados pelo cassinos.info. Essas plataformas contam com dezenas de modalidades de jogatina e ainda permitem que usuários se divirtam sem um investimento inicial considerável. Para isso, basta aproveitar os cupons de boas-vindas, bônus e promoções de giros grátis.

Metaverso

Empresas de tecnologia, como a Meta, continuam investindo pesado no metaverso, trazendo novas soluções para o ambiente completamente virtual. No entanto, o relatório da GDC apontou que desenvolvedores de games preferem os seus próprios “metaversos”, como o Fortnite. Quando questionados a respeito das empresas capazes de entregar um metaverso mais realista, 14% dos participantes citaram a Epic Games, responsável pelo first-person shooter Fortnite. A Meta e Minecraft ficaram logo atrás, com cerca de 7% dos entrevistados os mencionando.

Mesmo com o destaque para o jogo de tiro, a grande maioria dos participantes não mostraram ter muita esperança no metaverso. “Quase metade (45%) dos entrevistados não selecionaram nenhuma empresa/plataforma, preferindo declarar que o conceito de metaverso nunca entregará o que foi prometido”, disse a nota que anunciou os resultados da pesquisa.

Quando lhe perguntaram sobre o que o metaverso precisaria para se tornar sustentável, um dos entrevistados deu a sua opinião, afirmando: “Uma definição clara: a ‘promessa do metaverso’, como está, não é nada. As pessoas que tentam vendê-lo não têm ideia do que ele é, e nem os consumidores.”

Mais um tema tratado pelos questionários da GDC foi a sindicalização na indústria dos games. Isso porque funcionários da Microsoft e Blizzard levantaram o tema, que promete continuar popular, com o relatório sugerindo que veremos muito mais movimentos semelhantes a ele nos próximos anos. Mais de 50% dos entrevistados apoiam a sindicalização, com mais de 20% afirmando já ter discutido o assunto no trabalho. 

E, por falar na Microsoft e Blizzard, na pesquisa houve perguntas sobre a tentativa de aquisição da gigante de tecnologia. Dentre os desenvolvedores entrevistados, 44% acreditam que essa compra terá efeitos negativos para a indústria, enquanto apenas 17% defendem que grandes aquisições como essa beneficiarão o setor dos jogos.

Em uma seção do questionário, participantes puderam compartilhar as suas opiniões e pensamentos sobre esse tipo de transação. Um deles escreveu que esse é um movimento inevitável, e que não deve ser temido. Já outro comentou que empresas grandes ficam maiores. “Mais homogeneização. Menos originalidade”, diz a nota.

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