Arrasado por décadas de políticas econômicas desastrosas, o Zimbábue começa a ver esperanças de um futuro melhor nas criptomoedas.
Na última sexta-feira (15/10), Mthuli Ncube (Ministro das Finanças e Economia do Zimbábue) fez declarações impressionantes sobre as criptomoedas. Segundo o jornal local Herald, Ncube teria declarado que elas são “imparáveis”.
30% da juventude do país estaria comprada em criptomoedas
“Eu estou realmente surpreso, acredito que facilmente, 30% da nossa juventude ,Vice Presidente, está comprada em criptomoedas, facilmente. É algo imparável, mas a ideia é de regulá-las corretamente; criar um ambiente seguro para todos” – declarou o Ministro
Apesar do tom otimista, o governo do Zimbábue nem sempre foi simpático ao mercado de criptoativos. Em 2016 o Banco Central do país pediu para as instituições financeiras pararem de processar transações envolvendo criptomoedas.
Como podemos perceber pelos dados apresentados por Ncube, a ação governamental contra o bitcoin se mostrou mais uma vez ineficaz. Agora, a ideia é utilizar a tecnologia para otimizar os serviços do país.
O país recebe mais de 1 bilhão de dólares anualmente em remessas internacionais, o bitcoin poderia diminuir os custos transacionais cobrados pelos e salvar milhões de dólares em taxas.
A tragédia de Zimbábue
Zimbábue tenta voltar aos trilhos econômicos após anos de políticas governamentais desastrosas que incluíram desde impressão monetária descontrolada, desapropriações e até perseguição a minorias.
Some isso a uma ditadura que se perpetuou no poder por mais de 30 anos, e, como resultado vimos uma inflação de 230.000.000%, o surgimento de vendedores de “dinheiro forte” nas ruas e até a criação da nota de 100 trilhões de dólares zimbabuenses.
O dólar de zimbábue foi extinto em 2009, contudo, os problemas econômicos continuam no país. Talvez o bitcoin seja uma maneira de garantir o direito de propriedade, diminuir taxas transacionais e melhorar a qualidade de vida da população.