Com o dia de hoje sendo o último da primeira metade de 2022, o índice S&P 500 viu uma queda de 19,9%, os piores seis meses de 1970.
Ainda que pareça que o mundo está acabando, existem alguns indícios de que não está. O índice S&P 500 e o Nasdaq caíram drasticamente neste ano, mas o mercado começou a demonstrar sinais de recuperação nesta semana.
Para Bob Pisani, correspondente de Wall Street para a CNBC, em primeiro lugar, o problema deste pessimismo está atrelado ao ano-calendário, ou seja, o período de 12 meses contados a partir de 1 de janeiro a 31 de dezembro.
Registros do Investment Adviser mostram diversos períodos de 6 meses em que as ações caíram 20% ou mais desde 1957, chegando a uma queda de cerca de 43%. O fenômeno acontece cerca de uma vez a cada 5 anos, não é muito comum, mas também não é novidade.

Outra informação a ser destacada dos dados apresentados acima é que a maioria das quedas de 20% ocorreram durante os últimos 20 anos, principalmente no período entre 2007 e 2009, durante a crise financeira dos EUA.
7 das 8 piores quedas registradas ocorreram a partir de 2002, o índice S&P 500 subiu 270% desde então.
Sobre a pandemia, dados apontam que o pior período teve uma queda de 13,2% nos 6 meses que terminam em março de 2020. Longe de uma queda de 20%.
Portanto, Pisani sugere que “coloquemos as manchetes alarmistas em perspectiva,” e cita Dan Wiener, do Investment Adviser: “implicar que você teria que ter pelo menos um pé na cova para ter passado por uma perda de 20% em 6 meses é tolice e desonestidade.”
Texto adaptado da publicação original da CNBC Pro.
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