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Euro Digital começa nova fase em novembro

CBDC o que é

No limiar de uma nova era monetária, o Banco Central Europeu (BCE) abre caminho para a possível concepção do Euro Digital. Seguindo um período investigativo robusto, o BCE anuncia a fase de preparação a partir de novembro, um estágio dedicado a fincar as bases para essa transição digital.

Este período, estimado em dois anos, será um caldeirão de refinamento regulatório, seleção de parceiros tecnológicos, e uma série de testes para moldar um Euro Digital que atenda tanto às demandas sistêmicas quanto às necessidades dos usuários.

O Euro Digital é descrito pelo BCE como um meio eletrônico de pagamento, uma espécie de moeda virtual sustentada e controlada pelo governo, similar às notas e moedas tradicionais.

Diferencia-se das criptomoedas descentralizadas como o Bitcoin por ser uma extensão digital da moeda fiduciária. Na essência, é a resposta europeia ao avanço da digitalização monetária, visando manter a solidez e independência do sistema financeiro da região.

Os defensores da inovação, incluindo autoridades bancárias e governamentais, destacam a conveniência e modernização que o Euro Digital trará ao cotidiano. A promessa é de um dinheiro público digital que simplifique pagamentos e fortaleça a confiança dos cidadãos no sistema monetário.

Em especial, o Banco de Espanha enaltece o potencial do Euro Digital em alavancar a União Europeia para um futuro financeiro mais integrado e digital.

Esta iniciativa coloca a UE em sintonia com outras regiões que já exploram suas próprias moedas digitais, conforme um levantamento do Banco de Compensações Internacionais que prevê até 24 Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs) em circulação até 2030.

Por exemplo, o Banco Central do Brasil está avançando fortemente no desenvolvimento do Real Digital (também chamado de DREX) e pretende lançá-lo até o final de 2024.

CBDC, um problema de privacidade?

No entanto, as CBDCs não estão isentas de críticas. Há quem veja nelas uma forma de controle governamental mais acentuado sobre as finanças dos cidadãos. A era sem dinheiro físico pode revelar cada transação ao olhar atento do governo, eliminando a privacidade financeira.

A flexibilidade de políticas monetárias que as CBDCs oferecem pode também ser uma faca de dois gumes, abrindo portas para políticas de juros negativos, por exemplo.

A jornada do BCE em direção ao Euro Digital é um reflexo palpável da evolução financeira na era digital. Apesar das promessas de modernização e conveniência, o cenário também acende debates sobre privacidade e controle, desencadeando uma discussão mais ampla sobre o futuro do dinheiro na sociedade contemporânea.

@netoxfin

O @bancocentraldobrasil quer criar um super app até 2024 que poderá substituir os apps dos bancos. Isso pode levar ao fim dos bancos. É por isso que @Nubank, @JP Morgan Chase & Co. é até mesmo o @Itaú estão se movendo para novas moedas. #economia #investimentos #android

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