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Ex-sócio da Telexfree lança nova empresa de marketing multinível

Ex-sócio da Telexfree

Carlos Costa foi sócio da Telexfree, e acabou sendo preso preventivamente por causa deste empreendimento. Mas isso não parece ter o impedido de tentar lançar uma nova empresa de marketing multinível, a Pipz.

  • Ex-sócio da Telexfree anuncia empresa de marketing multinível
  • Entenda o que foi a Telexfree e como ela acabou
  • Nova empresa “Pipz” promete renda extra sem indicar ninguém e apresenta laudo pericial mostrando que não é pirâmide

Queda da Telexfree

A Telexfree foi considerada pela Justiça como pirâmide financeira, e acabou levando Carlos Costa e seu sócio Carlos Wanzeler presos durante uma investigação da Polícia Federal no ano passado.

A polícia afirmou que havia indícios de que eles estavam ocultando recursos da Telexfree por meio de compras de imóveis no nome de terceiros.

A Telexfree foi uma empresa de marketing multinível que começou em 2012 e tinha como produto pacotes de telefonia via internet, no entanto o modelo de negócio se estruturava como uma pirâmide, gerando renda através de novos investidores pagando os antigos.

O número de investidores lesados ultrapassa 1 milhão, e a dívida deixada foi de 2 bilhões de reais.

“Marketing multinível sem indicar ninguém”

É exatamente com essa chamada que a nova empresa Pipz se anuncia, em um vídeo que foi originalmente publicado na página da antiga Telexfree no Facebook.

Apesar da já julgada pirâmide financeira ter divulgado a Pipz, o que acabou a deixando conhecida como nova telexfree, a empresa esclareceu para o UOL que “os vídeos na página da Telexfree sobre a Pipz foram publicados erroneamente pelo setor de marketing”.

“Modelo de negócio” imprimido em um sugestivo símbolo de infinito.

Na página Modelo de negócio é possível enxergar duas opções de se entrar no negócio, uma gratuita e uma paga. Se estiver disposto a pagar, pode ganhar o kit bronze, prata ou ouro.

Com o kit ouro, e alcançando 5 níveis de compras, é possível ganhar mais de meio milhão de reais.

Durante toda a imagem pode-se ler em pequenas letras no canto direito “Essa simulação não representa forma de ganho fácil!”.

O que diz o laudo pericial

É interessante perceber que a empresa se antecipou as suspeitas de pirâmide financeira. Ela conseguiu um laudo pericial do Tribunal de Justiça do Espírito Santo dizendo que “não há como enquadrar tal prática como sendo pirâmide financeira ou similaridade a esquema de ponzi”.

Enquanto essa matéria está sendo escrita a empresa de marketing direto Pipz possui uma nota de 1.6 no Reclame Aqui e o status de “Não recomendada”.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aparentemente ainda não comentou sobre a empresa.

Leia também: Midas Trend cai no Brasil.

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