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Explosão de Dinheiro em Circulação: Por Que Seu Bolso Pode Estar em Perigo

real inflação

Hoje, um conjunto de dados lançados pelo Banco Central trouxe à luz um fenômeno interessante na economia brasileira: a expansão dos principais agregados monetários, nomeadamente M1, M2, M3 e M4. Estes números podem parecer abstratos à primeira vista, mas têm implicações profundas que podem moldar o curso da economia brasileira e do seu bolso.

Explosão de dinheiro: O Que São M1, M2, M3 e M4?

Primeiramente, é essencial decifrar o jargão técnico.

  • M0: É a representação do dinheiro físico, notas e moedas, incluindo aquelas guardadas no Banco Central. Esse agregado teve alta de 1,4% em doze meses.
  • M1: Esta é a forma mais imediata de dinheiro que temos, incluindo papel-moeda e depósitos à vista. Recentemente, ele disparou para R$616,6 bilhões, um salto de 4,8% em apenas um mês.
  • M2: Abrange o M1, adicionando depósitos de poupança e títulos de instituições financeiras. E adivinhe? Também cresceu, chegando a R$5,5 trilhões.
  • M3 e M4: Estes são indicadores ainda mais amplos de liquidez, incluindo vários tipos de depósitos e títulos. E, seguindo a tendência, ambos apresentaram crescimento, alcançando R$10,4 trilhões(+1,3%) e R$11,3 (+0,8%) trilhões, respectivamente.

O Alerta da Escola Austríaca

Os economistas da Escola Austríaca, tradicionalmente cautelosos sobre a expansão monetária sem lastro em crescimento real, oferecem uma visão inquietante. Para eles, essa injeção excessiva de dinheiro pode distorcer os sinais do mercado. Isso significa que, ao tornar o crédito mais barato, pode-se incentivar investimentos que não seriam normalmente viáveis. E a longo prazo? Bolhas econômicas e possíveis recessões.

Imagine um cenário onde há muito dinheiro circulando, mas a produção de bens e serviços não acompanha essa expansão. O resultado? Inflação. Seu dinheiro compra menos, o poder de compra diminui, e isso impacta diretamente o bolso do brasileiro.

O Que Vem a Seguir?

O aumento na quantidade de dinheiro em circulação não é, por si só, um prenúncio de desastre. No entanto, é um sinal de alerta, especialmente se não for acompanhado por crescimento econômico correspondente.

O crescimento da quantidade de dinheiro, sem qualquer crescimento econômico equivalente, é um dos motivos para a criação do Bitcoin. A criptomoeda terá apenas 21 milhões de unidades e sua emissão é programada e livre de interferência de políticos.

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