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Feministas nigerianas pedem doações em bitcoin após bloqueios bancários por conta de protestos

O grupo político conhecido como Coalizão Feminista está pedindo doações em bitcoin após bloqueios bancários promovidos pelas autoridades locais. As manifestações promovidas pelo grupo tem como objetivo protestar contra a violência policial do Esquadrão Anti-Roubo Especial (SARS).

O grupo já havia realizado cerca de 90 outros protestos com o dinheiro arrecadado através de contas bancárias. Os bloqueios têm claramente razões políticas e visam sufocar as manifestações que estavam expondo os crimes cometidos pelas autoridades policiais do país.

O governo informou que o grupo policial iria ser dissolvido, porém isso não foi o suficiente para apaziguar os protestos. Elas relatam que a brutalidade policial e os assassinatos ainda continuam.

Por exigir o fim da brutalidade policial, agora estamos sob ataque! Nossa conta bancária foi desativada, assim como o link de doação Flutterwave. As vidas de nossos membros também estão sendo ameaçadas.

No Twitter, o grupo informou que já arrecadou mais de 1 milhão em doações, sem especificar se em dólar ou moeda local:

A conta de bitcoin da coalizão feminista já tem mais de 1 milhão em doações. O governo acha que eles estão loucos? Bem-vindo à loucura digital.

Por conta das perseguições políticas, o grupo recorreu ao Bitcoin para arrecadar fundos para as manifestações. A criptomoeda tem um grande potencial para fortalecer a luta pelos direitos humanos, primeiro porque ele é praticamente incensurável, nenhum governo ou instituição mal intencionada pode privar alguém a ter uma carteira de criptomoeda.

É importante lembrar que milhões de pessoas ainda não possuem acesso ao sistema bancário, ainda mais em países subdesenvolvidos, como o próprio Brasil e a Nigéria. Segundo pela sua transparência, algo que é muito importante para ONGs e instituições sem fins lucrativos.

Esse caso se assemelha aos cancelamentos de contas que pessoas envolvidas com as criptomoedas no Brasil. João Canhada, um dos fundadores de uma das maiores exchange do Brasil, teve sua família prejudicada pelo banco Itaú.

Leia mais: Itaú lamenta cinicamente perseguição a família de dono de exchange de bitcoin

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