Se as negociações não acontecerem não há queda correto? Segundo a Nasdaq essa é a ideia dos políticos de alguns países na Europa.
Nesta terça-feira a França, Itália e Espanha restringiram as negociações na Bolsa de Valores, proibindo as vendas a descoberto (short) para proteger algumas das maiores empresas da Europa de uma queda ainda maior.
Na Itália, a proibição de negociação de curto prazo de 24 horas da terça-feira se aplica ao seu maior banco UniCredit CRDI.MI e à montadora Fiat Chrysler Automobiles FCHA.MI.
O regulador de mercado italiano, a Consob, deve anunciar na terça-feira uma proibição de short mais duradoura, que pode valer por até 90 dias, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.
Na venda a descoberto os traders tomam emprestado as ações de uma empresa para vendê-las depois, na esperança de comprá-las mais tarde a um preço mais baixo e embolsar a diferença. Esse é um mecanismo que ajuda a entender o sentimento do mercado.
A ideia por trás disso é diminuir a sensação de pânico e a expressão de negatividade dos mercados. Contudo, a ação parece que saiu pela culatra, visto que o índice Euro Stoxx 50 continua caindo em um dia até agora positivo para outros índices.
Próximo passo é fechar as bolsas
Questionado sobre se as bolsas de valores também deveriam ser fechadas, o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, disse à rádio RTL que outras coisas poderiam ser feitas primeiro.
Ou seja, os políticos estão pensando em fechar as bolsas para evitar a descoberta de preço no mercado.
Enquanto França, Espanha e Itália têm tradições mais intervencionistas, do outro lado Alemanha, Holanda e Reino Unido, não acham necessário esse banir negociações.
Com Circuit Breakers e medidas intervencionistas, as negociações e a possibilidade de ganhar dinheiro com short são retiradas do mercado. O mesmo não acontece com as criptomoedas, um verdadeiro livre mercado aberto para negociações 24/7.
Até mesma na queda, as criptomoedas levam vantagem sob o sistema tradicional.