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Em meio ao caos econômico, empresas argentinas fogem para o Brasil

Em 1896, a Argentina possuía o maior PIB per capita do mundo, baixíssimo desemprego e altíssimos índices de liberdade econômica.

Em 1896, a Argentina possuía o maior PIB per capita do mundo -superando gigantes como Inglaterra e Estados Unidos-, uma economia rica, baixíssimo desemprego e altíssimos índices de liberdade econômica. Cento e vinte anos depois, a situação do país é incomparável ao seu passado glorioso. A Argentina parece ter escolhido trilhar o caminho da servidão, descrito no livro do economista F. A. Hayek.

Com os gastos governamentais descontrolados, a Argentina saiu de 2010 com a dívida pública de 43% do PIB para 89% em 2020. A inflação do país em 2019 foi de 53%. A moeda argentina se tornou uma das mais desvalorizadas do mundo, com seu valor cotado a zero em algumas casas de câmbio no Uruguai.

O populismo social democrata que invadiu a América Latina nos últimos anos parece ter se instalado no país. Mas hoje, podemos ver insatisfação popular, fugas de investimento e as consequências da irresponsabilidade fiscal e do excesso de intervenção na economia.

Corre que dá tempo

Diversas empresas estão notificando a retirada de investimentos da Argentina. A Coca Cola informou que vai transferir a sua sede regional de Buenos Aires para o Rio de Janeiro. Outras empresas, como Latam Argentina, Chilena Falabella, o aplicativo de delivery Glovo também notificaram suas saídas recentemente. 

A fuga de capital não ocorre somente por parte de empresas, pessoas físicas também procuram formas de proteger seus recursos, principalmente da inflação. Embora a compra de dólar tenha sido proibida no país, isso não foi um grande empecilho uma vez que é sempre possível viajar até países vizinhos para realizar a compra.

O Bitcoin e outras criptomoedas parecem ter ganhado a confiança dos hermanos, com uma pesquisa apontando que 73,4% dos argentinos acreditam que as criptomoedas protegerão suas economias

O Brasil está longe de ser um paraíso para investimentos, porém ele pode ser uma alternativa viável para os países da América Latina por conta da proximidade cultural e dos acordos econômicos entre os países do Mercosul. Chile e Uruguai, os dois países com os maiores índices de liberdade econômica na região, também estão sendo cotados como possíveis alternativas.

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