A Comissão de Fundos Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) entrou com processo contra Stefan Quin, criador do fundo de criptomoedas Virgil Capital, por fraudar investidores e pela tentativa de retirar US$ 1,7 milhão para supostamente pagar agiotas chineses.
O fundo Virgil Capital possui cerca de US$ 92 milhões de criptoativos sob gestão e movimentava dinheiro entre diferentes plataformas de negociação para lucrar com as diferenças de preço. A SEC está acusando o gerente de fundos por, além de outras maracutaias contábeis, adulterar planilhas em 39 plataformas de negociação de criptomoedas em 2019.
Além das fraudes contábeis, Quin é acusado de tentar roubar US$ 1,7 milhão em fundos de investidores para pagar agiotas chineses, afirma o SEC. A agência americana pediu que a justiça congelasse US$ 25 milhões em criptoativos administrados por Quin.
Acredita-se que o gestor esteja nesse momento na Coreia do Sul, e que está “comprometido em garantir que nenhum investidor seja prejudicado”, disseram seus advogados à Reuters.
O problema da confiança
Um velho ditado dentro do mercado de criptomoedas pode exemplificar muito bem este caso: “Not your keys, not your coins” (Não são suas chaves, não são suas moedas). O Bitcoin surge exatamente como uma ferramenta que limita a necessidade de confiança a terceiros em questões financeiras.
Terceirizar a custódia de criptoativos pode acrescentar um risco aos que desejam confiar suas criptomoedas a instituições. E este pode ser um assunto cada vez mais debatido visto que cada vez mais recursos estão agora estão confiados a fundos de investimentos em criptomoedas.
Estima-se que somente o Greyscale Bitcoin Trust (GBTC) possua cerca de US$ 14 bilhões em bitcoin sob gestão. Isso certamente faz com que estas instituições sejam alvos de ataques (internos e externos) de agentes maliciosos.
Apesar do risco, muitas ferramentas, como a utilização de carteiras multisig, podem ser utilizadas para minimizar a chance de roubo de ativos dentro de instituições. Além disso, diversos fundos de criptomoedas estão ligados com instituições de renome, gerando mais confiança para o mercado. É o caso da Vitreo, um fundo gerido pela renomada e conhecida Qr Capital e regulado pela CVM.
Por isso, antes de investir em fundos, veja quem são seus gestores.
O que você achou de toda essa história? Será que os agiotas chineses têm boas condições de empréstimo? Deixe aí na sessão de comentários abaixo.
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