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Golpe com ouro falso em Wuhan termina com prejuízo de R$ 15 bilhões

Ouro falso com chocolate

Esse definitivamente não é um ano de sorte para Wuhan. A cidade chinesa perdeu US$ 2.8 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões) em um golpe envolvendo 83 toneladas de “barras de ouro” falso usadas em empréstimos.

Barras de ouro falsas
Barra banhada a ouro

Mais de uma dúzia de instituições financeiras fizeram empréstimos de 20 bilhões de yuans para a Wuhan Kingold Jewelry Inc., que usou ouro como garantia e outros apólices de seguro para cobrir possíveis perdas.

A empresa fez, por 5 anos, a realização de múltiplos empréstimos utilizando dessa mesma reserva de “ouro”; surpreendentemente, nenhuma das empresas de empréstimo checou a veracidade das barras até este ano.

Wuhan Kingold Jewelry é uma fabricante e distribuidora de jóias, fundada em 2002 e localizada na província de Hubei. A empresa é liderada pelo CEO e fundador Jia Zhihong.

Empresas fazendo empréstimos contra garantias em ouro
Empresas fazendo empréstimos contra garantias em ouro

Supostamente, os empréstimos feitos pela Kingold “serviriam para o financiamento de operações e da expansão das reservas de ouro”.

“Ouro dos tolos”

O golpe foi descoberto quando a Kingold deixou de pagar um dos empréstimos, e a credora foi liquidar as barras para pagamento de contas e dívidas pendentes. A Dongguan Trust Co. Ltd., então, descobriu a verdadeira natureza das barras falsificadas.

A China Minsheng Trust, uma das maiores credoras da Kingold, recebeu da corte uma ordem para fazer testes nas barras. Em 22 de maio, o resultado de testes retornou afirmando que as barras que possuíam eram de cobre.

Ao serem questionados sobre se as barras foram forjadas pela empresa, Jia Zhihong negou e disse que era “porque parte do ouro que a empresa adquiria nos primeiros dias de operação eram de baixa pureza”.

“Como poderiam ser falsas se as companhias de seguros concordaram em cobrir?”

O ouro falso, ainda mais, foi estranhamente protegido por apólice da PICC P&C, uma seguradora estatal da China. Mesmo assim, não houve auditoria para verificar se as reservas de ouro eram reais até a descoberta.

E se fosse “ouro digital”, o Bitcoin?

Piadas e referências ao scam da Bitconnect à parte, internautas foram rápidos para fazer a conexão das barras de ouro com o Bitcoin.

Uma das principais qualidades que a criptomoeda carrega é a incapacidade de ser “forjada”, como vimos nesse caso acima. Além disso, diferentemente da Kingold, a validação por blockchain do Bitcoin feita por mineradores na rede é rigorosamente realizada.

Análise de transações, valores, endereços de carteira e a prevenção de Gasto Duplo são algumas das vantagens do criptoativo, contra o ouro convencional que dependeria da análise de terceiros.

Leia Mais: Mineração de bitcoin: entenda como funciona

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