Apesar das diferenças entre China e União Européia (UE) ambos estão de acordo que se a guerra econômica iniciada por Trump continuar teremos uma recessão.
Segunda a Bloomberg, o Vice Premier Liu He (principal conselheiro econômico do presidente chinês Xi Jinping) disse que “o unilateralismo está está aumentando e as tensões no comércio entre as principais economias estão aparecendo”.
Liu também acredita que, juntamente com a UE, que se as tensões continuarem teremos uma recessão e uma “turbulência da economia global”.
Trump pensa que a economia global está voltada contra os Estados Unidos, por isso em Julho ele emitiu uma ordem executiva que impõe tarifas de 34 bilhões de dólares. O governo chinês respondeu elevando tarifas de 545 produtos norte-americanos.
A guerra sem fim
A guerra econômica parece não ter fim e tem apoio do Senado norte-americano, o senador Chris Coons disse apoiar mais medidas contra a China. O governo chinês está disposto a entrar na batalha, criando um ciclo de aumento de tarifas que pode levar uma recessão da economia global.
O comércio mundial sentiu as pressões, segundo relatório do CPB Dutch Bureau for Economic Policy, que mede o volume de trade global tivemos uma redução do comércio mundial de – 0,6%.

A guerra de barreiras ao comércio e investimentos já estava se espalhando ao redor do globo, mesmo antes dos anúncios de Trump. Em relatório de dezembro de 2017 pela Comissão Europeia de Comércio, podemos ver o número de barreiras levantadas geograficamente.

Além das pressões da guerra comercial, o Brexit está colaborando para a incerteza sobre qual será o caminho das indústrias europeias. GE e outras empresas baseadas na produção de bens não estão com boa performance nas bolsas de valores.
Todos os fatores mencionados estão colaborando para criação de um clima complicado para o comércio mundial. Estamos vivendo um risco de recessão, a dúvida é se esse clima irá continuar ou teremos uma mudança de mentalidade após as eleições norte-americanas para o congresso?