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Hiperinflação já chegou no Líbano, preço da comida sobe 200%

Mulher em protesto anti-governamental no Líbano

O Líbano agora está em companhia da Venezuela, Zimbabwe e diversas outras nações com hiperinflação, na pior crise desde a guerra civil de 1975.

Banco Central é o culpado!

A situação no país do Oriente Médio é catastrófica e segundo Steve H. Hanke, professor de Economia Aplicada na Universidade de Hopkins, a culpa da inflação no Líbano e em outros países tem a mesma causa:

“As causas da inflação são sempre as mesmas”, disse Hanke. “Os governos começam a ter déficits fiscais cada vez maiores e pedem ao banco central que financie esses déficits porque as vias de financiamento de impostos e títulos são inadequadas. Em hiperinflações, os bancos centrais são obrigados a financiar virtualmente todas as operações fiscais do governo. ”

A crise fez com que o preço da comida e das roupas subissem 190% e 172%, respectivamente. 

O governo vem tentando controlar a desvalorização da moeda com medidas pouco efetivas, até o momento a libra libanesa perdeu 82% do seu valor em dólar desde janeiro.

Uma das medidas foi tentar banir aplicativos que tenham o preço de mercado da libra libanesa e não o preço oficial do governo, contudo, o dólar paralelo continua reinando no país. A prova disso é que oficiais do Banco Central foram presos, sob a acusação de vender pequenas quantidades de dólar pelo preço real de mercado. 

A atual crise de saúde piorou a situação, ao ponto de manifestantes queimarem bancos locais e até mesmo o Banco Central do Líbano, localizado em Tripoli.


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A revolta com os bancos locais se dá devido ao confisco de dinheiro feito no começo do ano, há também limites e forte controle de capital no qual algumas pessoas são impedidas de sacar seu dinheiro:

“Suas economias estão congeladas nos bancos do Líbano. Os bancos não têm dólar para trocar e impuseram controles de capital (limites estritos de retirada) para evitar o colapso.”, afirmou Hanke.

O Líbano é o primeiro país do Oriente Médio e Norte da África a atingir o estado de hiperinflação, apesar de que outros já têm inflações altas que chegam a 50%.

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