Em comunicado oficial, o FED – Banco Central Americano – informou que pretende trabalhar para que a taxa de inflação fique em torno de 2% ao ano. Ele pretende, também, manter as taxas de juros próximas a zero.
O Banco Central informou que pretende aumentar as posses de títulos do Tesouro dos EUA lastreados em hipotecas “no mesmo ritmo atual para sustentar o funcionamento regular do mercado e ajudar a promover condições financeiras acomodatícias”.
A atitude de comprar os ativos emitidos pelo Tesouro dos EUA pode ser comparada a uma cena do seriado Chaves, quando o personagem compra churros de si mesmo utilizando apenas uma moeda.

Apesar de cômico, essa ação do Banco Central demonstra ainda mais a dependência dos mercados globais às interferências e injeções de liquidez.
É importante lembrar que, recentemente, o Fed anunciou a compra ilimitada de títulos da dívida Americana. Parece uma piada, mas o emissor da dívida poderá simplesmente a comprá-la de volta, uma ação completamente descolada de qualquer realidade contabilística, nunca antes vistas nessa escala.
As taxas de juros
As taxas de juros seguem como sendo as menores da história, mesmo com a expansão monetária do dólar crescendo descontroladamente após a crise de 2008.

Por um lado, o crescimento da base monetária ocorre a ritmos alarmantes, ao passo que a inflação na economia doméstica segue próxima a zero. A única explicação plausível para este fenômeno, é que todo essa liquidez injetada pelo Fed está se alocando em bolhas especulativas.
O Banco Central, ao afirmar que seguirá interferindo na economia para “sustentar o funcionamento regular do mercado”, confessa, a plenos pulmões, que os mercados estão altamente dependentes do intervencionismo estatal.
Por ora, os governos podem tentar conter uma inevitável – e forte – correção dos mercados globais. Porém, estas medidas no longo ou médio prazo podem se tornar insustentáveis.
Leia mais em: Fed quer dobrar meta de inflação.