Jim Cramer, o famoso analista do mercado acionário emitiu um alerta severo sobre a possibilidade dos EUA potencialmente experimentarem uma inflação ao estilo do Zimbábue durante um podcast com o entusiasta do Bitcoin Anthony Pompliano.
[…] Eles ficaram arruinados no Zimbábue, e quando digo “arruinados” quero dizer literalmente. Eles pensaram que tinham muito dinheiro e descobriram que não tinham, e isso não é necessariamente diferente do que você e eu estamos falando agora. Todos nós podemos ter pensado que, antes de o governo imprimir quatro trilhões de dólares, tínhamos muito dinheiro, mas talvez não tenhamos.
O país africano chegou a experienciar uma inflação de 231.000.000% no ano de 2008. Em comparação, o auge da inflação brasileira foi de 2500% em 1993. O país chegou a imprimir a fatídica nota de 100 trilhões de dólares zimbabuanos.
Cramer apontou que algumas mansões e terras conseguiram preservar seu valor no Zimbábue e o ouro salvou investidores na República de Weimar, agora ele acredita que o Bitcoin pode ser a solução definitiva para a América, mas que o ouro o decepcionou:
O ouro está sujeito a muitos imprevistos. Está sujeito a problemas de mineração. Francamente, está sujeito a falhas em muitos casos.
Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, compartilha sua opinião a respeito do ouro em comparação ao Bitcoin:
Ouro é um ‘dinheiro morto’, então você vai para o bitcoin, porque as pessoas vão vender seu ouro, e se você esperar, eu digo que vai ser uma corrida divertida, com fundos de hedge vendendo seu ouro. Você será a última pessoa a sair? Existem 10 trilhões de dólares de energia monetária nesse momento, eventualmente […] eu digo, cada ator privado se moverá [do ouro] para o bitcoin.
Essa tese se baseia principalmente na ideia de que o criptoativo é uma versão digital do metal amarelo, com propriedades financeiras ainda mais interessantes.
Sendo o Bitcoin ainda mais fácil de se transportar, mais subdivisível e possuindo um canal de transferências de valores seguro e relativamente mais barato que o ouro, muitos acreditam que a criptomoeda ultrapassará o metal em capitalização de mercado.
Mas diferente de Saylor, Cramer ainda sugere uma alocação mais conservadora na criptomoeda, recomendando um investimento de 5% do portfólio em Bitcoin. O investidor também mencionou que seria “irresponsável” para as empresas não adicionar Bitcoin a seus balanços.
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