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Jornalista Leandro Narloch afirma que Atlas Quantum era uma pirâmide

Leandro Narloch chama Atlas de pirâmide

O jornalista e escritor Leandro Narloch que aparecia na capa do site da Atlas Quantum como um cliente satisfeito, agora mudou o seu depoimento sobre a fintech durante o Flow Podcast.

O programa apresentado por Monark e Igor3k contou com a presença de Leandro Narloch, autor do livro “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, que descreveu sua jornada com as criptomoedas.

Leia também: Veja como recuperar o dinheiro perdido na Atlas Quantum

Primeiro ele disse que comprou 2 bitcoins de um amigo em 2014, e além desse investimento que se provou excelente com o tempo, ainda ganhou com a valorização do Ethereum.

Segundo Narloch, ele foi convencido por uma reportagem que dizia que “o Ethereum seria o novo Bitcoin” e explicava os smart contracts (contratos inteligentes). “Não entendi p… nenhuma mas falei, ah quer saber? Peguei 0,3 BTC e comprei 600 ETH. Estava 1 real cada um”, finalizou ele.

De certa forma, o jornalista que já passou pela CNN e escreveu para a Veja mostrou que fez bons investimentos pelos motivos errados. Aportando sem entender no que estava se metendo, ele assumiu posteriormente que acabou perdendo na Atlas Quantum.

“Mas daí perdi porque eu estava na Atlas Quantum, que era uma pirâmide, e daí perdi uma parte da grana.”

Leandro Narloch realmente teve bitcoins perdidos na Atlas, como mostrou o vazamento de dados de KYC da empresa. Um hacker conseguiu acesso e espalhou diversas informações sensíveis dos clientes da fintech, que foram nomes, email e saldo na plataforma. O jornalista tinha 21 bitcoins na Atlas, mas não se sabe o quanto foi perdido.

No Podcast, quando Igor pergunta do que se tratava essa empresa, Narloch explica que “ela dava um rendimento bizarro de 3% ao mês”. Então Monark reconhece a Atlas disse que alguns amigos ofereceram esse mesmo investimento para ele, mas diz que não caiu no golpe.

“Todo mundo tentou sacar a grana, e o cara [CEO da Atlas, Rodrigo Marques] não conseguiu honrar, e ele disse que os bitcoins estavam bloqueados numas corretoras aí do mundo…”, continuou Narloch, ao que Monark interrompeu: “[é] mentira.”

“Não sei velho se é mentira, até hoje não sei o que aconteceu. Mas era muito dinheiro ali, os caras tinham propaganda no Jornal Nacional, entendeu? Que é o que, 500 mil reais um flash ali de 30 segundos”, respondeu o convidado, que concluiu rindo “Enfim, mas foi divertido cara”.

Na realidade, as corretoras internacionais nas quais Rodrigo Marques disse que seus bitcoins estariam bloqueados negaram todas as alegações da suposta pirâmide e provaram que os vídeos apresentados pela Atlas eram forjados.

Propagandas na televisão também não provam integridade de empresa de investimento, especialmente se oferecem “rendimentos absurdos”, procurar o endossamento de famosos como Tatá Werneck e Cauã Reymond não é exclusividade da Atlas.

A Investimento Bitcoin que oferecia 7% em retornos ao dia, por exemplo, foi recomendada por Datena, Rodrigo Faro e o Cidade Alerta. Você pode entender mais sobre essa estratégia no artigo “Ronaldinho, Ratinho, Justus: Por que os famosos caem em pirâmides de Bitcoin?

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