O Brasil pode estar se preparando para bater novos recordes, mas dessa vez, eles não são nada bons. De acordo com o Banco Central, a expectativa de déficit primário do setor público para 2020 saltou para 4,14% do PIB.
Este percentual chega a quase o dobro do último pior resultado, déficit de 2,48% do PIB em 2016.
Rombo fiscal é consequência de medidas emergenciais
A crise causada pelo coronavírus afetou todos os setores da economia, gerando desemprego em massa e queda nas receitas públicas. Para tentar adiar o pior cenário, o governo se endivida ainda mais, mais de meio trilhão de reais foram anunciados em medidas de emergência.
Os economistas geralmente aconselham que em época de crescimento econômico, os países devem aproveitar para pagar dívidas, porém, não foi isso que aconteceu, governos ao redor do mundo estavam injetando mais dinheiro na economia.
Com a crise, os bancos centrais agora mostram um certo desespero ao injetar cada vez mais quantidades absurdas de dinheiro, sem enxergar outra alternativa. Recentemente, o BC anunciou uma impressão de dez vezes mais dinheiro do que na crise de 2008.
De acordo com os número divulgados pelo próprio Banco Central, a dívida bruta do Governo estava em 76,5% do PIB ao final de fevereiro. Depois de todas as consequências econômicas da quarentena e medidas emergenciais, economistas já estão prevendo que nos próximos meses esse número ultrapasse os 80%.
