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Medo de se viciar em cripto? Conheça algumas histórias reais

mão segurando moedas de bitcoin
  • Muitas pessoas acabam desenvolvendo o vício pelas criptomoedas, movidas pelos lucros rápidos.
  • Uma das maneiras de não desenvolver esse vício, que coloca em risco as finanças, vida pessoal e profissional é se manter consciente e bem informado.

Você sabia que o vício em criptomoedas pode causar transtornos patológicos de compulsão ou dependência? O universo cripto apresenta todo os componentes necessários para que as pessoas desenvolvem esse vício.

De acordo com o Dr. Sérgio Rocha, psiquiatra e diretor técnico da Clínica Revitalis, o mercado tem todos os elementos necessários para uma pessoa desenvolver uma dependência. 

Ele conta que a possibilidade de enriquecimento rápido promove fortes emoções e ativa a circuitaria cerebral ligada a reforço positivo. Para as pessoas vulneráveis pode ser um grande risco.

“O efeito de estímulos ligados ao prazer, do reforço positivo resultado de reconhecimento social virtual também promove liberação de neurotransmissores e ativação de redes neurais específicas. Uma vez ativadas elas ajudaram a reforçar o desejo de interagir com o estímulo cada vez mais”, afirma.

Precaução

O receio de desenvolver um vício por criptomoedas levou Renata, de 36 anos, que começou a investir nesse setor desde 2020 a tomar algumas precauções. Ela conta que em maio de 2020 foi demitida do seu antigo trabalho, onde estava há nove anos e como teve muita dificuldade em se recolocar, pegou parte do dinheiro que recebeu como rescisão e passou a investir. 

“Acabei gostando muito da adrenalina e da emoção, a chance de ganhar muito dinheiro em pouco tempo é o que me agrada”. 

– Renata

Renata reconhece o risco de se viciar em criptomoedas.

“Quando estava em casa, desempregada e no meio da pandemia, eu me envolvi muito, mas perdi uma quantia considerada. Nessa época eu checava o meu rendimento muitas vezes durante o dia e isso começou a me deixar muito ansiosa, mas não sou viciada. Eu consegui diminuir a frequência com que verificava meus rendimentos sem nenhum tipo de ajuda. Acredito que o vício vá muito além disso”.

Consciência

Porém, ter cuidados e consciência é fundamental para quem resolve entrar nessa área. Renata conta que tomou consciência da quantidade de vezes em que via seus rendimentos e que aquilo a incomodava, então começou a se controlar.

“Hoje, lidar com criptomoedas é muito natural para mim, sinto como se estivesse fazendo qualquer outra coisa que faça parte da minha rotina e que eu goste: exercício, comer, sair para ir ao cinema, ficar nas redes sociais. No início investi  seis mil reais de cara, hoje em dia esse número caiu pela metade. Perdi uma quantia razoável de dinheiro”.

Renata

Assim como Renata, Marcelo Galega não se considera viciado em criptomoedas, e investe nessa área desde 2017. Um dos motivos que resolveu entrar nela é por ser descentralizada e não inflacionária. Marcelo conta que investe um pouco a cada mês e conta que o segredo de se dar bem no setor é ter autocontrole e conhecer bem os projetos.

“Já fiquei sabendo de gente que vendeu a casa pra comprar criptomoedas e ficou rico, mas eu acho muito arriscado”, relata Marcelo.

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