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Metaverso: entenda esse formato que vem crescendo exponencialmente no mundo

Metaverso x Criptomoedas

Ultimamente, tem se tornado cada vez mais comum vermos empresas gigantes do cenário global aderindo a mercados como os de criptomoedas, NFTs e mais recentemente, o de metaverso.

Burguer King “dando “ criptomoedas de graça, Mcdonald’s (dos EUA) criando seus primeiros NFTs, Nike registrando patente de produtos para o Metaverso, Microsoft anunciando salas de reunião com avatares 3D e AI, Sothebys fazendo leilão de NFTs e o Facebook mudando o nome para Meta. Só para citar alguns exemplos.

O que é metaverso?

O metaverso é uma realidade digital que combina aspectos de mídia social, jogos online, realidade aumentada (AR), realidade virtual (VR) e criptomoedas para permitir que os usuários interajam virtualmente.

Ou seja, é um ambiente virtual compartilhado que as pessoas acessam via internet, que criam uma sensação de “presença virtual”, através de tecnologias como realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR).

É um “ambiente virtual” no qual você pode entrar (em vez de apenas olhar em uma tela), que possui um mundo de comunidades virtuais interconectadas e infinitas onde as pessoas podem se encontrar, trabalhar e se divertir, usando fones de ouvido de realidade virtual, óculos de realidade aumentada, aplicativos de smartphone ou outros dispositivos.

Conforme o metaverso cresce, ele criará espaços online onde as interações do usuário são mais multidimensionais do que a tecnologia atual suporta. Em vez de apenas visualizar o conteúdo digital, os usuários no metaverso serão capazes de mergulhar em um espaço onde os mundos digital e físico convergem.

A realidade aumentada mistura elementos visuais, sons e outras entradas sensoriais em configurações do mundo real para aprimorar a experiência do usuário.

É o que mais se aproxima de viver sua vida virtual da mesma forma que está vivendo sua vida física. Nós explicamos o que é Metaverso e quais são as oportunidades de emprego e desenvolvimento no vídeo abaixo:

Facebook (Meta) e o metaverso

Em sua apresentação no Facebook Connect, um vídeo mostrava Mark Zuckerberg real se misturando à uma realidade virtual, através de um avatar dele mesmo.

O avatar mudou de plataforma em plataforma, vestindo a mesma camiseta preta demonstrando uma “similaridade e proximidade entre identidade e objetos”.

Contando com quase 3 bilhões de usuários (quase metade da população total do planeta) na base do Facebook (Meta), o metaverso de Zuckerberg está a caminho de hospedar um número quase que ilimitado de pessoas.

Durante sua apresentação, Zuckerberg repetidamente assegurou ao público como cada característica do metaverso estabeleceria um “senso de presença”.

Hoje, Roblox e Fortnite da Epic Games são frequentemente presentes em conversas sobre metaverso, e alguns dizem até que estão muito mais perto de fazer o metaverso acontecer do que o Meta de Zuckerberg.

Ambos os jogos cumprem o critério de serem mundos virtuais persistentes, cada um tem milhões de jogadores que se reúnem para jogar e socializar, onde existe alguma persistência nos objetos (roupas e peles) e no pagamento (Robux e V-Bucks).

O show do Fortnite com Ariana Grande teve a participação de milhões e, juntamente com avatares e personalizáveis, esses eventos estão promovendo um certo senso de “presença”.

Segundo Mark, o mais importante a saber é que o metaverso não é real.

Zuckerberg deixou bem claro que, para ele, o metaverso é uma meta (no sentido de “objetivo”) e, para muitos investidores, engenheiros, acadêmicos e futuristas, é uma meta de longo prazo.

No Metaverso o tempo passa diferente?

O tempo, que é uma variável na física e também na economia, passa mais devagar  para quem se move. Quem determinou isso foi Einstein, mas para entender um fenômeno físico que é o espaço-tempo. 

Para a Economia, o tempo não é necessariamente relativo – a relatividade descreve um fenômeno físico – o tempo é dinâmico. Quando consideramos o tempo dinâmico, estamos implicitamente aceitando o fato de que algo de novo sempre está acontecendo e assumindo suas três características: continuidade dinâmica, heterogeneidade e eficácia causal.

O conceito de tempo real é fundamental para que se possa entender a natureza da ação humana: agindo, os indivíduos acumulam continuamente novas experiências, o que gera novos conhecimentos, o que, por sua vez, os leva a alterarem frequentemente seus planos e ações.

Aí podemos nos perguntar: numa experiência imersiva em um metaverso, quanto uma Timechain pode interferir na velocidade de circulação da moeda nativa e consequentemente, na própria preferência temporal do indivíduo?

Para responder sem entrar muito no assunto, a moeda física rola, enquanto o dinheiro digital se teletransporta (informações sobre o dinheiro transportadas por cabos de fibra óptica são mais rápidas do que telefonemas entre casas de câmbio).

Ethereum alimentando o Metaverso?

Entrando na área econômica do metaverso, muitas pessoas acreditam que as propriedades digitais como roupas, casas e habilidades serão garantidas em blockchain e muito provavelmente em criptoativos como Ethereum. Mas isso será a realidade e como avaliar os impactos do metaverso no preço do Ethereum?

Avaliar o preço do ETH normalmente é muito mais difícil do que avaliar o do BTC, que já possui várias métricas que ajudam a medir o quão justo está seu preço de tela.

Essa é provavelmente uma das grandes razões pelas quais BTC e ETH têm uma correlação tão alta.

Como é difícil para o investidor médio atribuir narrativas claras e diferentes para cada um deles, eles acabam numa mesma categoria chamada “criptomoeda”.

O resultado é um padrão que faz o BTC saltar para cima, seguido por ETH, e depois pelas altcoins, e assim por diante ao longo da linha de market cap, até que o ciclo comece novamente. Tem sido assim em boa parte dos ciclos das criptomoedas.

Não é de admirar que a pontuação da correlação entre BTC e ETH ainda esteja acima de 50%.

O problema para construir tal narrativa é que Ethereum depende de muitas coisas.

Talvez “Ethereum: alimentando o Metaverso” não seja uma narrativa tão forte quanto “Bitcoin é ouro digital”.

Primeiramente, não existe ainda um consenso de como o Metaverso deve ser e quais os seus limites e lugar diante da sociedade.

Segundo que, em seu estado atual, a rede Ethereum não está pronta para alimentar qualquer tipo de Metaverso em escala.

Poucas pessoas usarão os NFTs para, digamos, fins de jogo, se interagir com eles custar US$ 100 a US$ 200 em gas fee, em média.

Quando você compara isso à eficácia do Bitcoin, bem como à maturidade da Lightning Network, você pode ver que Ethereum é uma lacuna muito grande a ser fechada.

Ou seja, o Bitcoin em seu estado atual já cumpre sua promessa de atuar como ouro digital. Enquanto isso, o objetivo do Ethereum permanece como uma aspiração.

Como ganhar dinheiro com Metaverso?

Em pouco tempo, existirão infinitas formas de se ganhar alguma renda com aplicativos relacionados ao Metaverso, mas atualmente já é possível ganhar dinheiro no metaverso.

No jogo Decentraland, por exemplo, existe uma corretora de valores, onde você pode negociar moedas e outros ativos da vida real, só que dentro do jogo.

Como afirmou Victoria Petrock, analista que acompanha tecnologias emergentes, o metaverso também irá incorporar outros aspectos da vida online, como compras e mídia social, de acordo com.

Tudo que você pode fazer é negociar no mundo físico, poderá, em algum momento, ser fonte de renda para quem utiliza, com os espaços públicos comerciais simulando shoppings e feiras que antes só podiam ser acessadas na vida real.

No meio desse cenário, o metaverso é, para muitos, uma ideia excitante e, para outros, muito assustadora.

Em sua essência, os medos e as preocupações com o metaverso são, basicamente, preocupações com a escala e a proporção que ele pode tomar.

Qualquer expansão do mundo virtual pode ampliar seus atributos mais nocivos.

O que significaria para tantas interações essenciais serem mediadas por um punhado de empresas com fins lucrativos? E para os amantes das criptomoedas, isso não iria contra os princípios de descentralização que o Bitcoin defende?

Por um lado, essa não parece ser uma questão que vai afetar a população, já que, historicamente, os governos são notoriamente lentos em compreender e regulamentar os desenvolvimentos tecnológicos.

Por outro lado, é uma questão que aparenta ser inevitável.

Por enquanto, o metaverso é, acima de tudo, uma esperança, uma especulação, uma fantasia, que poderá, em poucos anos, fazer parte de boa parte do tempo de muitas pessoas pelo mundo.

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