Michael Burry é médico que virou investidor e apostou contra títulos hipotecários antes da crise financeira de 2008, lucrando bilhões. Como resultado, ele foi protagonizado em um filme (veja a resenha de A Grande Aposta).
Recentemente ele foi ao Twitter para dar uma opinião polêmica: quarentenas destinadas a conter a pandemia de coronavírus são piores que a própria doença.
As consequências para os EUA foram, de fato, devastadoras: mais de 700 mil pessoas perderam seus empregos, o que pode desencadear uma das mais profundas contrações econômicas do país.
Segundo Burry, as medidas governamentais não são necessárias para conter a epidemia e afetaram desproporcionalmente famílias e minorias de baixa renda. Ele também disse que alguns tratamentos controversos para o Covid-19 como a hidroxicloroquina devem ser disponibilizados mais amplamente.
Os argumentos de Burry contra o governo
“Ficar universalmente em casa é a medida mais devastadora na história. E é algo feito pelo ser humano. De repente isso reverte os ganhos de grupos pouco privilegiados, mata e cria viciados em drogas, aterroriza e espanca mulheres e crianças em casas violentas e agora sem trabalho, e mais, aumenta a angústia e o suicídio”, disse o investidor à Bloomberg.
Segundo o Burry, o governo está sacrificando vidas de mulheres e crianças enquanto tenta conter o vírus. Esse é um problema sério, inclusive o chefe da ONU, António Guterres, pediu medidas para combater o “horrível aumento global da violência doméstica” dirigida a mulheres e meninas, em meio à quarentena imposta pelos governos.
Em um tweet do começo de abril, Michael diminuiu a gravidade do vírus e diz esperar revoltas sociais nos Estados Unidos conforme a situação se deteriora.
Enquanto Burry diz que letalidade do coronavírus não passaria de 0,2%, caso fizéssemos testes em todas as pessoas, Neil Ferguson, cientista responsável por polêmica projeção de milhões de mortos, afirma que não há dados confiáveis que sustentem a ideia de que 90% é assintomática, e portanto a mortalidade do Covid-19 seria maior.
E aí, você acha que esse gênio das finanças e médico tem razão? Ou Neil Ferguson e seu estudo com 1 milhão de mortos está certo? Deixe sua opinião nos comentários e não esqueça de seguir o Cointimes no Twitter.