A MicroStrategy está ficando cada vez mais conhecida por comprar bitcoin do que pelos serviços que vende, já que depois de investir quase todo seu caixa na criptomoeda decidiu alavancar ainda mais sua posição.
A Microstrategy anunciou nesta terça-feira que pretende oferecer US$ 600 milhões em notas conversíveis com vencimento em 2027. Segundo comunicado, a empresa pretende usar os recursos líquidos da venda das notas para adquirir bitcoins adicionais.
Com uma posição atual de 71.709 bitcoins, cerca de 3,5 bilhões de dólares, a maior empresa de business intelligence do mundo não parece estar nunca satisfeita. Essa nem é a primeira vez que a companhia toma dívida para comprar o criptoativo.
Há dois meses, a MicroStrategy, liderada pelo bitcoiner Michael Saylor, emitiu US$ 400 milhões em notas seniores com vencimento em 2025 para comprar bitcoin. Até agora todas as suas apostas têm sido bem sucedidas. A empresa já acumula ganhos de cerca de US$ 2,3 bilhões apenas em sua posição de bitcoin.
A empresa listada na Nasdaq disse que espera conceder aos compradores iniciais das notas uma opção de compra de US$ 90 milhões adicionais, perfazendo o potencial total da oferta de US$ 690 milhões.
No mesmo período, a Citigroup chegou a rebaixar sua avaliação da Microstrategy por conta da sua alta exposição à maior criptomoeda do mercado, um investimento considerado muito volátil. Mas no fim das contas, as ações da empresa não param de subir, sendo negociadas em US$ 1.034 no momento da escrita dessa matéria, com alta de 143% desde o início do ano.
Vai faltar bitcoin?
Com a tão esperada chegada dos institucionais não foi só a mineração de bitcoin que se tornou uma atividade competitiva. Até comprar bitcoin está ficando cada vez menos acessível, com bilionários coletando boa parte da unidades disponíveis.
Somente a Grayscale Bitcoin Trust, fundo pelo qual investidores tradicionais adquirem exposição à volatilidade do BTC, detém 3,09% do total de 21 milhões. Se considerarmos as milhões de moedas possivelmente perdidas, esse valor é ainda maior.
Com a alta do preço do bitcoin, os holders de longo prazo cada vez mais retiram seus ativos das exchanges e, portanto, removem liquidez do mercado.
Enquanto do outro lado da moeda, a oferta de dinheiro fiduciário está crescendo em níveis exponenciais, especificamente após a pandemia de covid-19.
Grandes empresas e investidores percebem o quanto é importante segurar ativos verdadeiramente escassos em seus portfólios financeiros. Mas qual a sua opinião sobre o Bitcoin e seu limite máximo de unidades? Você comprará essa moeda tão escassa? Deixe seu comentário abaixo.