O yuan (renmimbi) chinês, impulsionado por um crescimento robusto, avançou uma posição crucial, superando o euro e consolidando-se como a segunda moeda mais utilizada nos mercados financeiros, um domínio antes firmemente mantido pelo dólar americano e pelo euro.
Em um mundo financeiro dinâmico, a recente reviravolta destacada pelo SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunications) é um reflexo tangível da constante evolução das moedas globais no palco do comércio internacional.
A força emergente do yuan é um testemunho do desejo prolongado da China de diminuir sua dependência do dólar americano, um movimento que ganhou tração visível nos últimos tempos.
Em abril, um marco foi atingido quando a China utilizou mais yuan do que dólares para liquidações internacionais, evidenciando a crescente confiança na moeda nacional no cenário global.
Os chineses, por exemplo, estão avançando fortemente na América Latina. Em 30 de agosto, o Banco da China anunciou o primeiro investimento feito diretamente em yuan na Argentina. Já no Brasil, os chineses estão usando o yuan para liquidar transações, sem a necessidade do dólar.
O relatório recente do SWIFT, através do seu RMB Tracker, ilustrou que o yuan alcançou uma participação de 5,80% em setembro, uma ascensão notável de quase um ponto percentual em um mês, de 4,82% em agosto. Em contraste, o euro viu sua participação recuar para 5,43%, enquanto o yen japonês manteve uma modesta fatia de 1,40%.
O domínio do dólar, no entanto, permanece incontestável, com uma participação dominante de 84,15% nos mercados financeiros, segundo dados do SWIFT. Isso, apesar das crescentes discussões sobre a possível erosão da hegemonia do dólar, alimentadas em parte pelo seu uso contínuo como uma ferramenta geopolítica.
Em conjunto com esse avanço, os chineses também estão devorando ouro junto com outros bancos centrais: