Um novo relatório da consultoria PwC sobre os impactos do blockchain e digitalização na economia mostrou os ganhos monstruosos que uma moeda digital pode dar ao PIB.
Para o relatório, os dois países que mais vão se beneficiar do blockchain e digitalização serão os Estados Unidos e a China.
“A China está adotando a inovação e avançando com sua própria moeda digital emitida pelo banco central, DCEP (Pagamento Eletrônico de Moeda Digital). Isso a ajudará a colher uma recompensa de US $ 440 bilhões na próxima década, representando um aumento potencial de 1,7% no PIB.”
O Estado chinês é o principal propulsor das novas tecnologias na China. Desde outubro 2019, quando reportamos em primeira mão no Brasil que o presidente chinês Xi Jinping declarou em reunião do Partido Comunista que o blockchain deveria ser uma prioridade, milhares de aplicativos usando blockchain e iniciativas de grandes empresas surgiram no país.
Os chineses estão a testar o Yuan digital com grande sucesso e em uma escala inimaginável de milhões de pessoas.
Mas não é apenas a China que irá colher os benefícios do blockchain.
“Não muito atrás estão os EUA, onde o prêmio esperado de US $ 407 bilhões é impulsionado principalmente pela oportunidade em torno de suas vastas cadeias de abastecimento, bem como pelas demandas sociais e éticas dos consumidores.”
afirmou a análise da PWC
Diferente dos chineses, a adoção do blockchain nos EUA tem sido feita principalmente pela iniciativa privada. Empresas como Coca-cola, JP Morgan e Microsoft já começaram a integrar seus serviços a alguma forma de blcokchain ou base de dados compartilhada.
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Campos Neto quer Brasil com moeda digital em 2 anos
Enquanto os avanços acontecem na China e EUA, Campos Neto presidente do Banco Central do Brasil declarou em live para a Bloomberg que é possível que o país tenha uma moeda digital em 2022.
Muitos especialistas acreditam que o PIX, sistema de pagamentos do BC, é o primeiro passo para a criação de uma moeda digital brasileira.
Quem é “John Gault”?
Apesar da iniciativa do Banco Central para não ficar atrás das principais economias do mundo, as coisas não vão bem quando o assunto é iniciativa privada.
Talentos têm fugido do Brasil para trabalhar em empresas de blockchain no exterior e é comum ver a saída de empresas brasileiras do setor para países com mais liberdade econômica.
É o caso da OriginalMy, uma empresa fundada por brasileiros que resolveu sair do país após dificuldades burocráticas. Fora do Brasil, ela irá representar a Estônia em competição mundial no “Annual Investment Meeting” em Dubai.
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