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Mulher que pagou em bitcoin na Deep Web para matar esposa de ex-namorado é presa

Mulher tenta assassinar pagando com bitcoin

Uma mulher declarou-se culpada de tentar contratar um matador de aluguel na Deep Web usando bitcoin para matar a esposa de um ex-namorado. 

DeAnna Marie Stinson, de 50 anos, pagou o equivalente a R$66.000,00 em bitcoin para um website de assassinos de aluguel. A ordem foi criada em junho, nela foi enviado o nome da vítima, fotografia, endereço e uma instrução macabra: 

“Não faça em casa. Qualquer outro lugar está bem. Necessidade concluída em julho – preferencialmente, entre 5 e 11 de julho.”

Ela até mesmo ofereceu um bônus para se a armação fosse efetuada antes do dia 31. Entretanto, o dia 31 chegou e ela pediu para o administrador do site relegar o serviço para alguém que tivesse o “histórico de cumprir com os trabalhos”. 

Reviravolta e surpresa

Seguindo os rastros digitais deixados pelo bitcoin, agentes do FBI conseguiram entrar em contato com a mulher e contactaram-na por WhatsApp como se fosse o assassino. 

Marie não estava contratando um assassino e sim estava em um site armado pela polícia para pegar criminosos.

O agente policial envolvido ainda conseguiu gravar uma ligação confirmando as intenções da de Marie e teve a comprovação de que o primeiro endereço de bitcoin era dela ao receber mais US$350 em bitcoin que a mulher acreditou que “seria usado para comprar uma arma para o assassinato”. 

O FBI fez busca e apreensão na casa dela em na cidade de Tampa nos Estados Unidos, onde conseguiu apreender três computadores e um celular com registros das comunicações e uma conta na corretora Coinbase usada para comprar a criptomoeda.  

Ela pode pegar até 10 anos de prisão federal, a data da sentença ainda não foi revelada.  

Bitcoin é privado e bom para criminosos?

O bitcoin não é uma moeda privada, todos as transações são públicas assim como informações de valores transacionados, endereços envolvidos, IPs (se você rodar seu próprio node) e diversos outros metadados. 

As moedas estatais como o dólar, real ou euro continuam sendo as preferidas por criminosos de todas as categorias. De acordo com dados da empresa de análise Chainalysis, apenas 0,21% das transações de bitcoin são ilícitas ou têm suspeitas de ilicitude.

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