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Músicos brasileiros já aceitam remuneração em criptomoeda

Músicos NFT

Os certificados de autenticidade digital, mais conhecidos como NFTs, descrevem e permitem ao artista vender sua música sem intermediários em troca de criptomoedas. 

A tecnologia começou a ser conhecida pelo público em games, já causou barulho no mercado de arte e tem capturado cada vez mais a atenção do mundo da música.

“No caso da música, o artista diz o que está vendendo no NFT da obra, se está vendendo um arquivo de áudio, o direito autoral, o direito de reprodução, a master etc.”, explica Lalai Persson, uma paulistana baseada em Berlim que presta consultoria para artistas e marcas.

Músicos brasileiros e criptomoedas

Os músicos brasileiros que já aceitam cripto, são, por exemplo, o paulistano Supla que começou a vender vídeos NFT pelo TikTok em março deste ano. O multi-instrumentista alagoano Hermeto Pascoal digitalizou um caderno de partituras que está sendo vendido on-line. E a música dos Mamonas Assassinas “Pelados em Santos” está à venda por 4 $PHONO – criptomoeda da plataforma brasileira phonogram.me – ou 0.1738 ETH

O músico André Abujamra é um entusiasta do formato e gosta de explorar as possibilidades de colaborações, entre artistas gráficos e musicais, vendendo, ele mesmo, tanto desenhos quanto arquivos musicais, como fonogramas de show e solos de guitarra.

“Conheci um artista chamado Uno de Oliveira e a gente se gostou bastante”, lembra o músico. “Ficamos amigos e resolvi fazer áudios para os NFTs dele e na primeira semana eu já tinha recebido por aquele trabalho”, comemora, entendendo que as colaborações fazem parte do novo processo. André estuda inclusive colocar cartas de seu pai, o ator e diretor Antonio Abujamra, para vender nesse formato criptográfico.

Mas o músico é cético no que diz respeito ao NFT ser o futuro da música. “As coisas estão mudando demais e muito rápido e falar hoje em dia que ‘o futuro de alguma coisa é alguma coisa’ já é coisa do passado”. 

“Sempre que alguém falar que o futuro de alguma coisa é outra coisa, isso é mentira, porque a mudança tecnológica é muito volátil”, diz ao Valor. “O futuro vai ser várias coisas que ainda não aconteceram e é claro que o NFT é uma delas – mas hoje. No futuro tudo ainda vai estar bem diferente…”

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